Macron e Xi Jinping discutem Ucrânia e desequilíbrios comerciais

O Presidente francês, Emmanuel Macron, iniciou uma visita de Estado à China com um apelo ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, para que se empenhe na resolução da guerra na Ucrânia e na correção dos desequilíbrios comerciais entre os dois países. Durante uma reunião restrita, Macron sublinhou a necessidade de mobilização em prol da paz e da estabilidade global, afirmando que a capacidade de trabalhar em conjunto é crucial para enfrentar os desafios que a guerra impõe.

“Temos muitos pontos em comum, embora existam desacordos. É nossa responsabilidade encontrar formas de cooperação e resolver litígios, promovendo um multilateralismo eficaz”, destacou Macron. Por sua vez, Xi Jinping assegurou que a China está disposta a colaborar com a França para eliminar interferências externas e fortalecer a parceria estratégica entre os dois países.

Um dos principais temas abordados foi o aumento dos “investimentos cruzados” para equilibrar a relação comercial, que atualmente apresenta um défice significativo para a União Europeia, estimado em 357,1 mil milhões de dólares. Macron também defendeu uma governança económica baseada em regras, no âmbito do G7, para mitigar os desequilíbrios comerciais.

A visita de Macron à China conta com a presença de 35 líderes de grandes empresas, incluindo nomes como Airbus e Danone, e está prevista a assinatura de vários contratos. O Presidente francês pretende discutir práticas comerciais que considera desleais, abrangendo setores como o automóvel e o aço.

Outro ponto sensível na agenda é o acesso a metais raros, cuja produção é dominada pela China. Esta questão é particularmente relevante, uma vez que a China utilizou a sua influência sobre as cadeias de abastecimento durante a guerra comercial com os Estados Unidos em 2025.

Esta é a quarta visita de Estado de Macron à China desde a sua eleição em 2017. O Eliseu sublinhou a importância da relação sino-francesa, destacando a expectativa de que a China utilize a sua influência sobre a Rússia para promover o cessar-fogo na Ucrânia. Apesar de a China ter reiterado o desejo de paz, nunca condenou a invasão russa, o que levanta preocupações na Europa sobre o seu papel no conflito.

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Na sua visita anterior, em 2023, Macron já havia solicitado a Xi que “chamasse a Rússia à razão”. A relação entre a China e a Rússia tem sido reforçada, com Xi a convidar Vladimir Putin para eventos significativos, como desfiles militares.

No final da visita, os dois líderes, acompanhados das suas esposas, terão um encontro mais informal em Chengdu, onde a cooperação e os desafios globais estarão novamente em foco. Leia também: A importância dos investimentos cruzados entre França e China.

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Fonte: Sapo

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