Montenegro busca atrair mais investimento chinês em Portugal

Em meio a um clima de crescente desconfiança entre a União Europeia e a China, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, realizou uma visita oficial a Pequim. Esta viagem, que ocorre nove anos após a visita do anterior primeiro-ministro, António Costa, e quatro anos depois da passagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pela China, visa reforçar a importância de Portugal como destino para investimento chinês.

O investimento direto estrangeiro (IDE) da China em Portugal atingiu um recorde de 3,96 mil milhões de euros em 2024, representando um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. Este aumento marca 14 anos consecutivos de crescimento e destaca a relevância de Portugal em áreas como energia, saúde, finanças e inovação tecnológica. Durante a cerimónia no Grande Palácio do Povo, Montenegro sublinhou a importância da cooperação económica bilateral, recordando o papel da China em momentos críticos da economia portuguesa.

Um dos projetos mais significativos resultantes desta colaboração é a construção da fábrica da China Aviation Lithium Battery (CALB) em Sines, que representa um investimento de dois mil milhões de euros. Este projeto posiciona Portugal como um centro estratégico para a produção de baterias para veículos elétricos. Além disso, a China Three Gorges tem contribuído para o desenvolvimento de energias renováveis em solo português, enquanto o grupo Fosun tem ampliado a sua atuação nas áreas de finanças e saúde.

Apesar do forte investimento chinês, Luís Montenegro também expressou a intenção de promover uma maior presença das empresas portuguesas, especialmente nos setores agroalimentar e vinícola, na China. O objetivo é equilibrar a balança comercial entre os dois países, que tem sido favorável à China.

Após a visita a Pequim, Montenegro deslocou-se a Tóquio, onde o foco foi divulgar Portugal em setores de interesse japonês, como energias renováveis e biocombustíveis. Em 2024, o Japão ocupou o 31.º lugar entre os clientes de bens portugueses e o 30.º entre os fornecedores, com uma balança comercial deficitária de 210 milhões de euros. A maioria das trocas comerciais entre os dois países concentra-se em produtos industriais transformados.

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Durante a sua estadia no Japão, Montenegro anunciou a elevação da relação bilateral entre Portugal e Japão a uma “parceria estratégica”. Este novo estatuto visa aprofundar a cooperação nas áreas cultural, económica, de segurança e defesa, novas tecnologias e partilha de conhecimento científico.

Hoje, último dia da visita oficial, o primeiro-ministro viajará de comboio para Osaka, onde visitará os pavilhões de Portugal. Esta missão tem como objetivo não só atrair investimento chinês, mas também fortalecer laços com o Japão, criando novas oportunidades para as empresas portuguesas.

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Fonte: Sapo

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