As notícias económicas de hoje destacam a situação preocupante no setor têxtil, que enfrenta um aumento significativo nos despedimentos, e a aquisição da marca Chipicao pela empresa Saborosa de Ponte de Lima.
Nos últimos dias, o setor têxtil e do calçado despediu cerca de mil trabalhadores, um número alarmante que reflete a instabilidade que a indústria enfrenta. Francisco Vieira, coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e de Trás-os-Montes, afirmou que este ano está a ser “muito pior do que nos últimos anos”. A Polopiqué, uma das principais empresas do setor, anunciou o encerramento de duas unidades em Guimarães e Vizela, resultando em 280 despedimentos, que podem aumentar para 400 com reestruturações em outras unidades. Além disso, a StampDyeing, do Grupo Mabera, e a Darita, de calçado, também anunciaram cortes significativos de pessoal.
A situação é ainda mais grave com a falência da Bravisublime, que deixou 42 trabalhadores sem emprego. Este cenário de despedimentos no têxtil é preocupante e levanta questões sobre a sustentabilidade do setor em Portugal. Leia também: “O futuro do têxtil em Portugal: desafios e oportunidades”.
Por outro lado, a Saborosa, uma empresa de Ponte de Lima conhecida pela produção de bolachas e outros produtos de pastelaria, adquiriu a marca Chipicao para os mercados de Portugal, Espanha e França. A compra foi realizada à PepsiCo, que anteriormente produzia a Chipicao na sua fábrica do Carregado. O CEO da Saborosa, Diogo Freitas, expressou a intenção de revitalizar a marca, que tem enfrentado uma queda nas vendas. O objetivo é duplicar a faturação da Chipicao, que no ano passado gerou vendas de pouco mais de cinco milhões de euros, para 10 milhões até 2027.
Este movimento estratégico da Saborosa pode trazer uma nova vida à Chipicao, mas a realidade dos despedimentos no têxtil continua a ser uma preocupação central para o país. A combinação de desafios no setor têxtil e novas aquisições no mercado alimentar ilustra a complexidade do ambiente económico atual em Portugal.
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Fonte: ECO
