O segundo dia de protesto de estudantes em Díli, Timor-Leste, culminou com uma combinação de dança e limpeza das ruas, após confrontos intensos com a polícia. Os jovens, que se manifestam contra as regalias dos deputados timorenses, iniciaram a sua ação de protesto junto à Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) e nas proximidades do parlamento.
Desde cedo, uma forte presença policial condicionou o movimento dos manifestantes, que foram empurrados para dentro da universidade. Após negociações, as autoridades permitiram que os estudantes se deslocassem para a Avenida de Lisboa, onde se localizam o Parlamento Nacional e outros edifícios importantes. Contudo, a tensão aumentou rapidamente, levando ao uso de gás lacrimogéneo por parte da polícia, que foi respondido com o lançamento de pedras e pneus incendiados.
Os confrontos afetaram várias áreas, incluindo o Palácio do Governo e o Banco Nacional Ultramarino. Ao início da tarde, após novas conversações, a polícia reduziu o seu dispositivo, permitindo que os estudantes voltassem a concentrar-se em frente à UNTL e ao Parlamento Nacional.
César João Batista, um dos estudantes presentes, expressou a sua indignação, afirmando que “os 65 deputados no Parlamento Nacional não representam o povo timorense”. Ele criticou a falta de responsabilidade dos deputados em relação aos problemas enfrentados pela população. Vicentino da Costa Lemos também se manifestou, referindo que os universitários estão a lutar contra decisões que considera erradas, afirmando que “a resistência dos universitários continua”.
Durante o protesto, os estudantes não só gritaram palavras de ordem, como também dançaram ao som de músicas tradicionais timorenses. O dia terminou de forma pacífica, com os estudantes a serem convocados para um último dia de manifestação, agendado para quarta-feira. Para finalizar, os jovens dedicaram tempo a recolher o lixo deixado nas ruas, incluindo pneus queimados, demonstrando um compromisso com a limpeza e a ordem na sua comunidade.
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Fonte: Sapo