A manifestação de imigrantes em Lisboa, que decorreu pacificamente junto à Assembleia da República, ganhou contornos de contestação após a chegada do líder do Chega, André Ventura. O evento, promovido pela associação Solidariedade Imigrante, teve início às 14:00 e atraiu várias centenas de pessoas, que exigiam direitos e “documentos para todos”.
Quando a maioria dos manifestantes começava a abandonar o local, Ventura apareceu para prestar declarações à imprensa. A sua presença provocou uma reação imediata dos participantes, que se dirigiram a ele com gritos de “fascista” e “racista”, além de entoarem a frase “Portugal é de quem trabalha”. Este momento de tensão marcou uma viragem na manifestação de imigrantes, que até então se desenrolava de forma tranquila.
André Ventura, que é candidato do Chega à presidência da República, respondeu às provocações afirmando que “querem regras, a lei serve para quem quer cumprir regras”. O líder do Chega, acompanhado por vários deputados do seu partido e por forças de segurança, permaneceu no local durante cerca de quinze minutos, antes de se retirar.
A manifestação de imigrantes teve como objetivo principal reivindicar direitos básicos e a regularização da situação de muitos que vivem em Portugal. Durante o evento, os participantes, que enfrentaram o calor intenso, mostraram solidariedade entre si, com alguns a distribuir água para os presentes. A concentração foi um apelo à inclusão e à igualdade, refletindo a luta de muitos que buscam uma vida melhor no país.
Este evento evidencia a crescente tensão entre diferentes grupos na sociedade portuguesa, especialmente em tempos de crise e incerteza. A manifestação de imigrantes, ao ser interrompida pela presença de uma figura política controversa, sublinha a complexidade das questões sociais e políticas atuais em Portugal.
Leia também: O impacto da imigração na economia portuguesa.
manifestação de imigrantes Nota: análise relacionada com manifestação de imigrantes.
Leia também: Manifestação de imigrantes termina em protesto após chegada de Ventura
Fonte: ECO