Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed), explicou recentemente os motivos que levaram ao corte das taxas de juro em 25 pontos base, após um longo período de pausa. Durante uma conferência de imprensa, Powell questionou: “Então, o que mudou agora?” e respondeu que a situação do mercado de trabalho é um dos principais fatores que influenciaram esta decisão.
O corte de juros foi acompanhado por previsões que indicam a possibilidade de mais duas reduções nas próximas reuniões da Fed, totalizando 50 pontos base até ao final do ano. Esta mudança de estratégia reflete uma preocupação crescente com o enfraquecimento do crescimento económico e o aumento do desemprego, em detrimento do risco de inflação persistente.
Powell destacou que a criação de empregos, embora não seja o único fator a considerar, é um indicador importante do arrefecimento do mercado de trabalho. “É altura de ter isso em conta na nossa política”, afirmou. Este foco na gestão de riscos é crucial, especialmente num contexto em que os receios sobre a inflação parecem ter diminuído ligeiramente.
Desde abril, os riscos associados a uma inflação elevada e persistente têm recuado, em parte devido ao abrandamento do crescimento do PIB e ao enfraquecimento do mercado de trabalho. Powell classificou o corte de juros como uma medida de “gestão de riscos”, uma vez que as novas projeções de crescimento para este ano e para o próximo mostraram uma ligeira melhoria.
As previsões económicas revelam que a inflação deverá terminar este ano em 3%, bem acima da meta de 2% estabelecida pela Fed. Além disso, a taxa de desemprego permanece inalterada em 4,5%, enquanto a projeção de crescimento económico aumentou ligeiramente, passando de 1,4% para 1,6%.
Este corte de juros é um reflexo das novas dinâmicas económicas e do compromisso da Fed em adaptar a sua política monetária às condições do mercado. A atenção ao arrefecimento do mercado de trabalho e às suas implicações para a economia será fundamental para os próximos passos da Reserva Federal.
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Fonte: ECO