Ken Fisher, fundador da Fisher Investments, é um investidor com mais de 50 anos de experiência nos mercados financeiros. Durante uma recente visita a Lisboa, ele partilhou a sua visão sobre a importância das ações como o melhor ativo para construir um complemento de reforma. Com quase 300 mil milhões de dólares sob gestão, Fisher desmistifica algumas crenças populares sobre inflação, guerras e protecionismo.
Fisher argumenta que muitos investidores caem na armadilha do consenso. Para ele, a inflação não é provocada por tarifas ou gastos governamentais, mas sim pelo excesso de moeda em circulação. Ele destaca que apenas 1% dos contentores que entram nos EUA é inspecionado, o que diminui o impacto real das tarifas. Para Fisher, o mercado é um avaliador que reflete a sabedoria coletiva, e a verdadeira sabedoria está em saber o que os outros ignoram.
Ao longo da sua carreira, Fisher cometeu erros, especialmente ao aderir ao pensamento consensual. Ele admite que demorou a reconhecer que as ações de crescimento (growth) podem superar as ações de valor (value) a longo prazo. O investidor alerta que os erros mais custosos são aqueles que surgem da convicção cega e do medo. Ele enfatiza que, em momentos de crise, como a pandemia da Covid-19, o que realmente afeta os mercados são as decisões governamentais, e não a pandemia em si.
Fisher também critica a mediocridade de muitos investidores institucionais, que frequentemente tomam decisões por consenso. Para o investidor individual, ele recomenda ignorar o que as grandes instituições dizem e focar-se em análises próprias. A história dos mercados mostra que o consenso tende a estar errado, e a chave para o sucesso é identificar oportunidades onde o medo ou a euforia não estão alinhados com os dados históricos.
Em relação às tarifas, Fisher acredita que estas não causam inflação como muitos pensam. Ele explica que a inflação resulta do excesso de dinheiro a perseguir poucos bens, e não da imposição de tarifas. A solução para a inflação, segundo ele, não é simplesmente aumentar as taxas de juros, mas sim controlar a quantidade de moeda em circulação.
Para quem procura um complemento de reforma, Fisher é claro: as ações são a melhor opção a longo prazo. Ele recomenda que os investidores se mantenham informados e analisem o que os outros ignoram, pois é aí que surgem as melhores oportunidades.
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Fonte: ECO