UE propõe sanções a Israel por ataques em Gaza e ocupação

A Comissão Europeia apresentou um conjunto de propostas com o intuito de impor sanções a Israel, em resposta aos recentes ataques militares em Gaza e ao agravamento da ocupação da Cisjordânia. Segundo Bruxelas, estas ações violam o Acordo de Associação entre a UE e Israel. Kaja Kallas, responsável pela política externa da União Europeia, sublinhou que “o objetivo não é punir Israel”, mas sim aliviar o sofrimento na Faixa de Gaza.

Uma das principais medidas propostas inclui a suspensão do acordo comercial preferencial, o que obrigaria Israel a pagar mais 227 milhões de euros em direitos aduaneiros pela entrada dos seus produtos na União Europeia. Em 2024, as exportações de Israel para a UE totalizaram 15,9 mil milhões de euros, e a quantia em questão representa cerca de 1,4% desse montante. Contudo, a proposta não abrange a suspensão da venda de armas europeias a Israel, um ponto que tem gerado críticas.

As sanções também visam dez membros do Hamas e dois ministros do governo israelita, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, devido ao seu papel no incitamento à violência na Cisjordânia e na expansão dos colonatos. A decisão de agir contra Israel surge em resposta à “rápida deterioração da situação humanitária em Gaza”, conforme indicado pela Comissão Europeia. O relatório menciona ainda o bloqueio da ajuda humanitária e a intensificação das operações militares.

Kaja Kallas reiterou a necessidade de um cessar-fogo imediato, acesso irrestrito à ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas. A suspensão das trocas comerciais preferenciais no âmbito do Acordo de Associação entre a UE e Israel implica que certos produtos, que atualmente estão isentos de direitos aduaneiros, passarão a ser tributados, afetando cerca de 37% das mercadorias comercializadas entre as partes.

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Maros Sefcovic, membro da Comissão Europeia responsável pelo comércio, lamentou a necessidade de tomar esta medida, mas afirmou que a UE não vê “qualquer alternativa, dada a situação humanitária em Gaza”. Ele apelou a um “cessar-fogo urgente” e destacou que “os israelitas precisam de segurança” enquanto “o povo palestiniano precisa de verdadeira dignidade”.

O governo israelita reagiu criticando as propostas, prometendo não alterar suas políticas em relação a Gaza ou à Cisjordânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, acusou a UE de “dar poder” ao Hamas e descreveu as ações propostas como “repletas de falsas acusações e falhas jurídicas”.

Agora, os Estados-membros da UE devem votar as propostas, que requerem uma maioria qualificada para serem aprovadas. Historicamente, várias nações, como Itália, Alemanha e Hungria, têm rejeitado sanções contra Israel. A possibilidade de aprovação depende, em grande parte, da posição dos dois maiores países da UE, que até agora se mantêm firmes na sua oposição a qualquer medida contra Israel.

Leia também: A situação humanitária em Gaza e as suas implicações.

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Fonte: Sapo

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