Metro de Lisboa instala maior centro de testes de fibra ótica

O ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) está a desenvolver o maior centro de testes de fibra ótica do mundo na Linha Amarela do Metro de Lisboa. Este projeto, que representa um investimento de cerca de 2,3 milhões de euros, foi anunciado pelo vice-reitor Jorge Costa em declarações à Lusa.

Apesar de o ISCTE não ser amplamente reconhecido na área da engenharia, a instituição possui uma equipa de docentes altamente qualificada na área da fibra ótica. Este projeto surge na sequência da obtenção de um doutoramento europeu focado em comunicações óticas, especialmente na nova geração de fibras multi-núcleo.

As fibras de comunicação atuais estão a atingir a sua capacidade máxima, e a nova geração promete uma troca eficiente das fibras antigas. No entanto, para que estas novas fibras possam ser comercializadas, é necessário que organismos internacionais definam padrões específicos. O investimento de 2,3 milhões de euros inclui 588 mil euros em fundos europeus do Programa Lisboa 2030, com o restante a ser suportado pelo ISCTE.

Entre os parceiros do projeto estão a empresa alemã Heraeus Covantics, responsável pela fabricação das fibras, a Telcabo, que instala o cabo de fibra multi-núcleo, e o grupo italiano Tratos Cavi, que fornece o cabo que envolve as fibras. A instalação de fibra ótica em túneis como os do metro requer requisitos específicos, como proteção contra incêndios e roedores.

Atualmente, a equipa do ISCTE já começou a instalação dos primeiros quilómetros de fibra, prevendo ter o primeiro troço entre o ISCTE e Odivelas pronto até ao final de outubro. O objetivo é concluir a ligação entre o ISCTE e a estação do Rato até ao final do ano, completando assim o anel de testes.

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O desenvolvimento da tecnologia está agendado para o início do próximo ano, com a ambição de criar um centro de testes único a nível mundial. Jorge Costa sublinhou que não existem, até ao momento, centros de testes com as dimensões e características do que está a ser implementado no Metro de Lisboa. O projeto inclui um cabo com 74 fibras óticas multi-núcleo, que totaliza 326 canais de transmissão de dados.

As fibras estarão interligadas, atingindo um total de 728 quilómetros, o que equivale a 28 voltas completas ao longo dos 26 quilómetros da Linha Amarela. Jorge Costa expressou a expectativa de que este conjunto de testes possa influenciar organismos de certificação mundial, promovendo a solução europeia em detrimento de alternativas americanas ou japonesas, o que beneficiaria a indústria europeia.

Com a implementação desta nova geração de fibra, surgirá a necessidade de novos equipamentos que operem com estas fibras, como emissores e recetores. Esta evolução poderá atrair novas empresas para realizar testes em Lisboa, posicionando a cidade como um centro de referência nesta tecnologia.

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Fonte: ECO

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