A Siemens Portugal está determinada a expandir a sua presença no país, com planos de crescimento nas áreas tecnológica, industrial e de software. Durante um almoço-conferência promovido pela Associação Comercial do Porto, o chairman da Siemens Portugal, Fernando Silva, revelou que a empresa pretende aumentar a faturação e o número de colaboradores, além de abrir “mais um ou dois polos” do seu centro de competências, o Tech Hub.
Desde a sua criação em 2014, o Siemens Portugal Tech Hub tem sido um centro internacional de competências em tecnologias de informação, onde a empresa desenvolve soluções inovadoras. Fernando Silva destacou que, há cerca de 20 anos, a área começou com apenas 10 a 15 colaboradores e, atualmente, conta com 1.400 trabalhadores diretos e cerca de 400 a 500 indiretos. O chairman sublinhou que Portugal demonstrou ter um vasto potencial de talento, o que tem contribuído para o crescimento contínuo da empresa.
Atualmente, a Siemens emprega cerca de 4.200 pessoas em Portugal, tendo aumentado o número de trabalhadores entre 200 a 400 anualmente nos últimos cinco anos. Em maio, Sofia Tenreiro assumiu o cargo de CEO da Siemens Portugal, sucedendo a Fernando Silva, que continua como chairman.
Embora a Siemens Portugal sinta os efeitos da crise económica na Alemanha, onde a empresa tem o seu acionista, Fernando Silva acredita que a situação está a melhorar. “Vemos uma dinâmica muito positiva neste momento, que nos leva a pensar que a Alemanha rapidamente voltará a níveis de crescimento interessantes”, afirmou. Este crescimento terá repercussões em Portugal, tanto nas importações como nas exportações, contribuindo para uma Europa mais robusta.
O chairman também mencionou que o novo governo alemão está a trabalhar para modernizar a estrutura industrial do país, tornando-a mais competitiva em setores críticos, como o automóvel e a fabricação de máquinas. Para que a inovação na Europa avance rapidamente, Fernando Silva defendeu que alguns regulamentos europeus, como o Data Act e o AI Act, deveriam ser adiados ou até cancelados, especialmente no que diz respeito à relação entre empresas.
“Quando falamos de relação entre empresas em setores onde queremos trazer inovação, não podemos estar a criar mecanismos adicionais que não vão trazer mais-valias e que vão bloquear o desenvolvimento da inovação na Europa”, concluiu.
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Fonte: ECO