Um estudo recente da consultora Emergn revela que 77% dos líderes empresariais a nível mundial têm planos para gerar receitas através de novas soluções de Inteligência Artificial (IA) já a partir do próximo ano. No entanto, 57% destes líderes reconhecem que as expectativas em relação à IA estão a crescer mais rapidamente do que a capacidade das suas organizações para as concretizar.
A pesquisa, intitulada “Intelligent Delusion”, destaca a necessidade urgente de talento qualificado para que as empresas consigam não só identificar problemas, mas também desenhar soluções eficazes e levá-las ao mercado. De acordo com os dados, 55% dos inquiridos admitem que não conseguirão alcançar os seus objetivos sem este tipo de competência.
Alex Adamopoulos, fundador e CEO da Emergn, alerta que o verdadeiro desafio para os líderes empresariais não reside apenas na adoção de tecnologias avançadas, mas também na superação das lacunas de talento e na construção de uma capacidade organizacional robusta. “Quanto mais inteligente for a tecnologia, mais fácil se torna sobrestimar a sua promessa e subestimar a condição humana necessária para o sucesso”, afirma Adamopoulos.
Pedro Fernandes, Automation Practice Lead da Emergn, reforça que a preparação organizacional e o investimento nas competências humanas são fatores críticos para que a promessa da IA se concretize. “A experiência mostra que não basta introduzir IA nos processos. É preciso alinhar tecnologia, talento e estratégia de produto para que a inovação seja duradoura e competitiva”, explica Fernandes, que lidera as iniciativas de automação e projetos em IA a partir do escritório da Emergn no Porto.
Apesar dos desafios, o otimismo persiste. Um impressionante 81% das organizações inquiridas reportaram um retorno positivo sobre o investimento em iniciativas de IA no último ano. Este dado reforça a confiança de que, nos próximos 12 meses, estes projetos poderão gerar ganhos financeiros significativos.
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Fonte: Sapo
