Debate urgente sobre seguros agrícolas em Moçambique

A presidente do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), Esther José, destacou a urgência de discutir os seguros agrícolas e paramétricos, considerando-os uma prioridade política face aos impactos das mudanças climáticas. Durante a 29.ª Conferência Anual da Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos (ASEL), que decorre em Maputo, Esther José alertou que, em 2025, as mudanças climáticas representarão um novo risco sistémico para o país.

“Para Moçambique, a necessidade de seguros paramétricos e agrícolas deve deixar de ser um tema académico e tornar-se uma prioridade política”, afirmou a responsável, sublinhando a importância de adaptar a regulação e os produtos de seguro às novas realidades climáticas.

A conferência reúne representantes de oito jurisdições lusófonas e Macau, com foco na regulação, tecnologia e novos riscos no setor segurador. A presidente do ISSM também abordou a influência da inteligência artificial, que está a transformar a subscrição de riscos e a gestão de sinistros. “O desafio é aliar-se à tecnologia para criar produtos personalizados e acessíveis, garantindo que o consumidor os utilize de forma consciente”, acrescentou.

Esther José manifestou o desejo de que os seguros tenham um papel mais ativo em megaprojetos, como a exploração de gás em Moçambique, que está a ganhar destaque na economia nacional. Além disso, o Governo moçambicano reconheceu a necessidade de aumentar a taxa de penetração dos seguros, que se situa atualmente em 2%, muito abaixo da média de 4% dos países da ASEL.

O secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane, apelou para a implementação de medidas que promovam o acesso a produtos de seguro, considerando-os essenciais para o desenvolvimento sustentável. Tivane destacou que, até 2023, apenas 17% da população tinha acesso a algum produto de seguro, com diferenças significativas entre zonas urbanas e rurais.

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As autoridades moçambicanas estão a alinhar reformas na área de seguros com o plano quinquenal 2025-2029 e a estratégia de inclusão financeira 2025-2031, visando aumentar o acesso a serviços de qualidade. Em 2023, o mercado segurador gerou mais de 316 milhões de euros em prémios brutos, uma ligeira descida em relação ao ano anterior.

Em Moçambique, operam atualmente 17 seguradoras, 12 das quais no ramo Não Vida, e 2 exclusivamente no ramo Vida. Além disso, existem três microsseguradoras e uma resseguradora, refletindo a diversidade do mercado. A discussão sobre seguros agrícolas e a sua adaptação às mudanças climáticas é, portanto, fundamental para garantir a proteção e a sustentabilidade no país.

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Fonte: ECO

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