CFP reduz previsão de crescimento da economia para 1,9%

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) anunciou que a economia portuguesa deverá crescer 1,9% em 2025, uma revisão em baixa de 0,3 pontos percentuais em relação às previsões anteriores. Esta nova estimativa fica aquém da meta de 2,1% estabelecida pelo Governo no Orçamento do Estado para o mesmo ano. O CFP, liderado por Nazaré da Costa Cabral, também prevê que a inflação desça para 2,3% e que o mercado de trabalho continue robusto, enquanto o rácio da dívida pública deve diminuir.

No relatório intitulado “Perspetivas Económicas e Orçamentais 2025-2029”, o CFP sublinha que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real será inferior ao anteriormente projetado de 2,2%. Para 2026, a previsão é de um abrandamento adicional, com um crescimento estimado de 1,8%. Este desacelerar é atribuído a taxas de investimento público mais baixas e a um menor peso das exportações no PIB.

As projeções do CFP para o crescimento da economia a médio prazo mantêm-se em 1,8%, sustentadas pelo aumento da produtividade e por saldos migratórios positivos. A ausência destes fatores poderia prejudicar o crescimento potencial. O CFP também prevê um saldo orçamental equilibrado para 2025, mas antecipa o regresso a défices orçamentais a partir de 2026, devido a políticas de aumento da despesa pública e redução da receita.

O impacto orçamental das medidas adotadas em 2024 e 2025, que visam melhorar os rendimentos de famílias, jovens e pensionistas, é um dos principais fatores que contribui para esta trajetória. O CFP destaca que, sem considerar os empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), poderia haver um ligeiro excedente orçamental.

Para 2026, o CFP prevê um défice orçamental correspondente a 0,6% do PIB, agravado pelo uso de empréstimos do PRR. O impacto do novo regime do IRS jovem e a redução da taxa de IRC também penalizarão a receita fiscal. O aumento das despesas com revalorização salarial e a transferência para o orçamento da União Europeia são outros fatores que influenciam negativamente as contas públicas.

Leia também  Chefe do Terceiro Comando Puro morto em operação no Rio

Em relação à inflação, o CFP projeta uma descida gradual, com uma taxa de 2,3% em 2025, descendo para 2,0% no médio prazo. No entanto, o cenário macroeconómico permanece envolto em incertezas, com riscos que podem afetar tanto a atividade económica como a inflação. A instabilidade política nos EUA e a volatilidade nos mercados financeiros são algumas das preocupações destacadas.

Apesar dos desafios, o CFP também aponta para potenciais riscos ascendentes, como um aumento do consumo das famílias e um crescimento do emprego que pode surpreender positivamente. Em termos de dívida, a entidade mantém a previsão de uma trajetória decrescente, com o rácio da dívida pública a atingir 85,6% do PIB em 2029.

Leia também: O impacto das políticas fiscais na economia portuguesa.

crescimento da economia crescimento da economia crescimento da economia crescimento da economia Nota: análise relacionada com crescimento da economia.

Leia também: Ryanair obrigada a devolver 1,8 milhões em subsídios de aeroporto francês

Fonte: Sapo

Não percas as principais notícias e dicas de Poupança

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top