O Governo português anunciou que, na próxima semana, serão lançados os três primeiros concursos destinados a empresas, utilizando verbas não executadas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Este novo instrumento financeiro, criado em junho, disponibiliza inicialmente 300 milhões de euros. A informação foi partilhada pelo ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, durante a conferência ‘9 Chaves para o Futuro da Europa’.
As verbas do PRR serão distribuídas em três áreas principais: 150 milhões de euros para a reindustrialização, 100 milhões para a inteligência artificial nas pequenas e médias empresas (PME) e 50 milhões para a economia de defesa e segurança. O objetivo é garantir que os projetos inovadores se enquadrem em três das quatro linhas de apoio do novo instrumento financeiro, que visa a inovação e a competitividade das empresas.
Manuel Castro Almeida destacou que apenas projetos que se alinhem com estas áreas poderão aceder às verbas do PRR. Este instrumento foi criado para aproveitar os fundos que não foram utilizados e que, caso não sejam aplicados até 2026, seriam perdidos. Além dos 315 milhões iniciais, espera-se que o montante disponível aumente até ao final do ano, com a inclusão de verbas de outros programas do PRR.
O novo instrumento financeiro combina apoios a fundo perdido e garantias públicas, sendo gerido pelo Banco de Fomento. O ministro sublinhou que a reindustrialização do tecido empresarial é uma prioridade, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento e à adoção de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial.
Com 150 milhões de euros disponíveis para a reindustrialização, 100 milhões para a inteligência artificial nas PME e 50 milhões para a economia de defesa e segurança, este plano está alinhado com as recomendações do plano de Draghi e do quadro estratégico designado por bússola para a competitividade.
Castro Almeida enfatizou que o crescimento das empresas é fundamental para a economia nacional. “O lucro de hoje será o capital próprio do investimento de amanhã. Apenas a criação de mais riqueza permitirá reduzir desigualdades e garantir a sustentabilidade do modelo económico e social da democracia portuguesa”, afirmou.
O ministro defendeu que este instrumento representa uma aposta do Governo numa economia mais competitiva e diferenciada, onde o mérito é valorizado e a burocracia é minimizada. “É este o contributo do Governo para que as empresas possam aumentar as exportações e contribuir para o crescimento económico nacional”, concluiu.
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Fonte: Sapo





