O ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, alertou esta quarta-feira no parlamento que qualquer empresa que não seja competitiva está sujeita a falir. A declaração surgiu em resposta a uma pergunta da deputada Patrícia Gonçalves, do partido Livre, sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor têxtil, que tem visto um aumento no número de encerramentos e despedimentos.
Castro Almeida enfatizou que a solução para os problemas do setor passa pelo reforço da competitividade das empresas. “Se as empresas forem competitivas, elas não vão a falência. O nosso foco deve ser garantir essa competitividade antes que as empresas enfrentem a insolvência”, afirmou o ministro, sublinhando a necessidade de agir proativamente.
O governante revelou que o Governo está a trabalhar com a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) para desenvolver estratégias que visem aumentar a competitividade em diversos setores da indústria nacional. “Quero abordar a indústria portuguesa de forma abrangente, incluindo o setor têxtil, que possui tanto desafios como oportunidades”, acrescentou.
João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, também se pronunciou sobre a situação, destacando a necessidade de uma atuação a nível europeu em relação à concorrência de produtos asiáticos, especialmente das plataformas Temu e Shein, que têm impactado significativamente o mercado têxtil. Ferreira mencionou ainda os apoios financeiros disponíveis, como as garantias do Banco de Fomento e os 490 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que visam apoiar a competitividade das empresas.
Durante a audição, houve um momento de tensão entre o ministro e o deputado do Partido Socialista, Carlos Pereira, que questionou Castro Almeida sobre o crescimento económico de 2023. O ministro, ao tentar desviar a conversa para a nomeação de Madalena Oliveira e Silva para a presidência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), acabou por ser confrontado com a revisão do crescimento económico, que Pereira afirmou ser de 3,1%, segundo dados do INE.
No final da sessão, Castro Almeida lamentou que a discussão não tenha focado mais na economia, enquanto o PS criticou a falta de conteúdo económico na intervenção inicial do ministro. O Chega também expressou descontentamento por algumas perguntas terem ficado sem resposta, incluindo a sobre a saída de Ricardo Arroja da AICEP.
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Fonte: Sapo