O secretário de Estado para a Digitalização, Bernardo Correia, afirmou esta quarta-feira que o modelo de inteligência artificial (IA) Amália está a apresentar resultados positivos. Durante a primeira Talk .IA, uma iniciativa do ECO dedicada à promoção da IA nas empresas, Correia elogiou a equipa de investigadores que está a desenvolver o Amália, garantindo que “a performance do Amália em português de Portugal é de facto sólida”.
O projeto, que conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem avançado conforme o planeado. A apresentação da versão base do Amália está agendada para 30 de setembro, permitindo que qualquer entidade possa utilizar o modelo, desde que tenha a infraestrutura necessária. Este desenvolvimento tem sido considerado uma “boa surpresa”, segundo Correia, que destacou a capacidade técnica dos investigadores portugueses.
Os primeiros resultados do Amália, quando comparados com outros modelos de IA de código aberto, demonstram uma performance notável. O secretário de Estado sublinhou que o objetivo do Amália é valorizar a cultura e a língua portuguesa, sendo que o modelo será integrado na Administração Pública. “O Amália será aplicado transversalmente em todos os serviços que tenham por base valorizar a cultura portuguesa e a educação”, afirmou.
Contrariamente ao que se esperava, o Amália não terá uma aplicação do tipo chatbot, como o ChatGPT, mas será uma ferramenta útil para diversas entidades. A disponibilização do modelo ao público representa uma oportunidade para potenciar o uso da IA em português de Portugal, contribuindo para a sua afirmação como língua global.
Além disso, Bernardo Correia mencionou a necessidade de um novo CTO (Chief Technology Officer) para a Administração Pública, que deverá ter um profundo conhecimento do setor e uma forte capacidade de liderança. “É essencial que o futuro CTO tenha o respeito do setor público e uma grande capacidade técnica”, concluiu.
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Fonte: ECO
