Lavrov e Rubio discutem relações EUA-Rússia na ONU

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, encontrou-se com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, durante a 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Este encontro, que ocorreu à porta fechada e sem comentários prévios, surge num momento de crescente tensão nas relações entre os dois países, especialmente em relação à guerra na Ucrânia.

A reunião acontece um dia após declarações surpreendentes do presidente dos EUA, Donald Trump, que alterou a sua posição sobre a Ucrânia. Depois de meses a aconselhar Kiev a desistir da Crimeia e do leste do país, Trump afirmou que os ucranianos devem aproveitar a “janela de oportunidade” criada pela crise económica russa para recuperar os seus territórios, incluindo a Crimeia.

Os encontros entre Lavrov e Rubio têm-se tornado mais frequentes. Em julho, os dois diplomatas realizaram uma reunião bilateral na Malásia, e já mantiveram várias conversas telefónicas este ano. Além disso, participaram juntos numa reunião em Riad em fevereiro, que durou cerca de 4,5 horas.

A agência russa TASS deu grande destaque ao encontro recente, enquanto a imprensa norte-americana não parece ter dado a mesma importância. Durante a mesma cobertura, a TASS também reportou declarações do porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, sobre o futuro do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START). Peskov afirmou que a Rússia está disposta a cumprir o tratado por mais um ano, mas sublinhou que a boa vontade de Putin depende da resposta de Washington.

Quando questionado sobre se Moscovo já havia recebido uma resposta dos EUA, Peskov fez uma observação irónica, sugerindo que Zelensky não permitiu que Trump formulasse uma posição sobre a proposta de Putin. O porta-voz enfatizou que a estabilidade estratégica e a expiração do tratado são tópicos importantes nas negociações, embora não tenham ocorrido discussões substanciais.

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Na segunda-feira, Putin declarou que a Rússia está disposta a continuar a respeitar os limites quantitativos do tratado após o seu término em fevereiro de 2026, desde que os EUA retribuam. As recentes declarações de Trump sobre a possibilidade da Ucrânia retomar os territórios ocupados pela Rússia geraram críticas imediatas de autoridades russas. Peskov insinuou que a mudança de posição de Trump foi influenciada por interesses comerciais e interações com Zelensky.

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev também criticou Trump, afirmando que ele vive numa “realidade alternativa”. Medvedev sugeriu que, após encontros com líderes ucranianos e franceses, Trump publicou uma mensagem que distorce a situação real, onde a Rússia não está a “partir-se”.

Leonid Slutsky, presidente do Comité de Assuntos Internacionais do Parlamento Russo, também se manifestou contra as declarações de Trump, considerando-as contraditórias e perigosas. A situação entre os EUA e a Rússia continua a ser complexa, com repercussões significativas no cenário internacional.

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Fonte: Sapo

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