Bancos europeus lançam criptomoeda estável ligada ao euro

Um consórcio de nove bancos europeus, incluindo instituições de renome como o Caixabank, ING e Unicredit, anunciou a criação de uma criptomoeda estável vinculada ao euro. Este novo instrumento de pagamento digital visa tornar-se um pilar no sistema financeiro europeu, oferecendo uma alternativa segura e eficiente para transações.

Os bancos envolvidos nesta iniciativa são CaixaBank, ING, Banca Sella, KBC, Danske Bank, DekaBank, UniCredit, SEB e Raiffeisen Bank International. Em comunicado, o consórcio expressou a ambição de que esta criptomoeda estável se consolide como um “referente de confiança” no ecossistema financeiro da Europa.

Para implementar este projeto, os bancos planeiam estabelecer uma empresa nos Países Baixos, que solicitará uma licença como instituição de dinheiro eletrónico. Esta entidade estará sujeita à supervisão do banco central holandês, garantindo assim a conformidade com as normas regulatórias.

As criptomoedas estáveis, conhecidas como ‘stablecoins’, são ativos digitais que buscam manter um valor constante em relação a moedas fiduciárias, como o euro ou o dólar. Este tipo de criptomoeda é frequentemente utilizado em pagamentos digitais e transações internacionais, especialmente em mercados emergentes, onde a volatilidade das criptomoedas tradicionais pode ser um obstáculo.

O anúncio da criação desta criptomoeda estável surge numa altura em que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou para os riscos associados a fundos de criptomoedas estáveis. Durante a abertura da conferência anual do Comité Europeu do Risco Sistémico, Lagarde enfatizou a importância de as entidades que detêm ‘stablecoins’ garantirem liquidez suficiente para evitar retiradas massivas de depósitos.

Além disso, Lagarde já havia manifestado preocupações sobre a “privatização do dinheiro” e o impacto que isso poderia ter na soberania das regiões. “Vejo o dinheiro como um bem público e nós, enquanto banqueiros centrais, temos o dever de proteger essa função”, afirmou.

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A União Europeia, através do BCE, tem trabalhado na criação de um euro digital desde 2021, embora o processo tenha avançado lentamente, necessitando da aprovação dos Estados-membros e de um quadro regulatório adequado. Em junho, o BCE reiterou a necessidade de avançar com o euro digital, considerando que as criptomoedas podem ameaçar a utilização internacional da moeda europeia.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a administração de Donald Trump incentivou a utilização de criptoativos como uma forma de impulsionar o crescimento económico, destacando a crescente relevância das criptomoedas no cenário financeiro global.

Leia também: O futuro das criptomoedas na Europa e os desafios regulatórios.

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Fonte: Sapo

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