Centeno confirma continuidade no Banco de Portugal como consultor

Mário Centeno, ex-governador do Banco de Portugal, anunciou esta quinta-feira que irá permanecer na instituição após a sua saída do cargo. Em uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Centeno afirmou: “É evidente que vou ficar. Sabe o que são 35 anos de uma carreira?”. O economista, que tem uma longa trajetória no Banco de Portugal, onde trabalha há 35 anos, explicou que existem regras claras sobre as funções que os trabalhadores podem desempenhar após deixarem o conselho de administração.

Centeno citou vários ex-membros do conselho que se tornaram consultores do Banco de Portugal, como Hélder Rosalino e José Matos, para ilustrar que a sua situação não é única. Quando questionado sobre as declarações do seu sucessor, Álvaro Santos Pereira, que indicou que Centeno deixaria a instituição, o ex-governador reafirmou a sua intenção de continuar no banco.

Além disso, Centeno esclareceu que não deixou nenhum chefe de gabinete ao seu sucessor, Álvaro Novo, e que a renovação do mandato deste último foi feita para completar o tempo do seu próprio mandato. “Essa renovação faz-se com uma comissão de serviço”, explicou, sublinhando que a nomeação seguiu as regras estabelecidas desde 2016.

Durante a audição, Centeno também abordou a promoção de Rita Poiares, esposa de Ricardo Mourinho Félix, a diretora-adjunta do Departamento de Estatísticas. Centeno defendeu a competência de Poiares, afirmando que ela não é apenas “esposa de ninguém”, mas sim uma técnica altamente qualificada que foi promovida após vencer um concurso.

O ex-governador reconheceu que as investigações judiciais relacionadas ao departamento de informática do Banco de Portugal causam desconforto, mas garantiu que a instituição está a cooperar com as autoridades e a assumir as suas responsabilidades.

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Na sua despedida, Centeno expressou gratidão pela oportunidade de liderar o Banco de Portugal nos últimos anos. Ele fez um balanço do seu mandato, destacando a venda do Eurobic e do Novobanco, bem como o alargamento da análise económica do banco. A nova sede do Banco de Portugal, que gerou controvérsia, também foi mencionada como um dos tópicos que mereceu a sua atenção.

Centeno concluiu a sua audição com um tom de despedida, afirmando que foi um “enorme privilégio e honra” liderar a instituição. Leia também: O futuro do Banco de Portugal após Centeno.

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Fonte: ECO

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