A Starbucks anunciou hoje um plano de reestruturação que envolve o encerramento de centenas de lojas nos Estados Unidos e no Canadá, resultando no despedimento de 900 funcionários. Esta decisão surge na sequência de uma desaceleração nas vendas que a empresa tem enfrentado nos últimos trimestres.
A famosa cadeia de cafés, com origem em Seattle e presente em vários países, incluindo Portugal, começou já a implementar o encerramento das lojas, embora não tenha especificado quantas serão afetadas. Segundo a empresa, espera terminar o seu ano fiscal, que se encerra este domingo, com 18.300 locais na América do Norte, o que representa uma redução de 124 unidades em relação ao final do ano fiscal de 2024. Em junho, a Starbucks contava com 18.734 lojas.
A empresa garantiu que os funcionários das lojas que serão encerradas terão a possibilidade de se transferirem para outros estabelecimentos, sempre que possível, além de receberem pacotes de indemnização. A notificação dos funcionários afetados será feita na manhã de sexta-feira, e a Starbucks pediu aos trabalhadores que possam trabalhar a partir de casa que o façam nos dias anteriores.
Na carta enviada aos colaboradores, o presidente da Starbucks, Brian Niccol, explicou que a análise das lojas revelou locais sem perspetivas de estabilidade financeira ou que não conseguem proporcionar a experiência que os clientes esperam. “Todos os anos, abrimos e fechamos cafés por diversos motivos, desde o desempenho financeiro até ao término dos contratos de arrendamento”, escreveu Niccol, sublinhando a dificuldade de fechar qualquer local que serve como centro comunitário.
A Starbucks estima que os custos da reestruturação ascenderão a cerca de mil milhões de dólares (850 milhões de euros), incluindo 150 milhões de dólares (127 milhões de euros) em indemnizações e 850 milhões de dólares (722 milhões de euros) para o encerramento físico das lojas.
Apesar dos encerramentos, Niccol afirmou que a Starbucks planeia aumentar o número de lojas na América do Norte no próximo ano fiscal e redesenhar mais de 1.000 locais para criar um ambiente mais acolhedor. Esta é a segunda grande ronda de despedimentos da empresa este ano, após a eliminação de 1.100 postos de trabalho a nível global em fevereiro.
Em julho, a Starbucks registou o seu sexto trimestre consecutivo de queda nas vendas nas lojas, o que reforça a necessidade de uma reestruturação significativa. Leia também: O impacto da reestruturação nas empresas de café.
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Fonte: Sapo
