Respeito e Qualificação: Desafios no Setor de Eventos

Pedro Rodrigues, diretor-geral da agência Desafio Global, expressa o desejo de ver o setor de eventos mais respeitado pelos clientes. Em entrevista, ele destaca que o ideal seria um setor unido, profissionalizado e altamente qualificado, onde as obrigações dos clientes fossem mais valorizadas. Para Rodrigues, os timings de decisão e os processos de adjudicação são os principais desafios que os profissionais enfrentam atualmente.

A Desafio Global, que já conquistou 199 prémios e entrou recentemente no top 10 do Eventex Index 2025, analisa a situação do setor após um período complicado devido à pandemia. Rodrigues refere que, embora o setor tenha migrado para eventos digitais durante a crise, a procura por eventos presenciais voltou a aumentar assim que as restrições foram levantadas. No entanto, ele acredita que a procura está agora a estabilizar em níveis mais normais, com as marcas a ajustarem os seus investimentos.

Os desafios do setor de eventos são complexos. Rodrigues menciona que os timings de decisão são frequentemente apertados, o que dificulta a organização de eventos que exigem uma preparação cuidadosa. Ele sugere que um prazo ideal para a organização de um evento seria de dois meses, em vez das duas semanas que muitas vezes são dadas. Este encurtamento de prazos pode comprometer a qualidade e a segurança dos eventos.

Outro desafio significativo é a utilização de centrais de compras que não estão qualificadas para adquirir serviços de eventos. Rodrigues alerta que muitas vezes essas centrais optam pela proposta mais barata, o que pode resultar na escolha de agências menos competentes. Ele defende que a avaliação de propostas deve ser feita com critérios claros, e que a criatividade e a complexidade de um evento não podem ser reduzidas a meras linhas de Excel.

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A falta de bom senso por parte de alguns clientes é uma preocupação para Rodrigues. Ele observa que a gestão de processos de comunicação é muitas vezes aliena aos departamentos de compras, que não compreendem as nuances do setor. Para ele, a venda de eventos é a venda de um sonho, algo que não pode ser quantificado de forma simplista.

Rodrigues e outros profissionais do setor têm tentado promover boas práticas e sensibilizar os clientes sobre a importância de uma abordagem mais criteriosa na seleção de agências. Eles reúnem-se mensalmente para discutir as melhores práticas e alertar sobre erros comuns que podem comprometer a qualidade dos eventos.

Apesar dos desafios, Rodrigues mantém uma atitude otimista quanto ao futuro do setor de eventos. Ele acredita que a experiência da pandemia fez com que os organizadores valorizassem mais os eventos presenciais e a interação humana. No entanto, ele reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar um mercado mais qualificado e profissional.

Leia também: Os impactos da pandemia no setor de eventos.

setor de eventos Nota: análise relacionada com setor de eventos.

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Fonte: ECO

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