Grupo Berlusconi negocia entrada na Impresa

O grupo Mediaset, fundado em 1980 por Silvio Berlusconi, está a negociar a aquisição de uma participação significativa na Impresa, uma das principais empresas de media em Portugal. Este movimento surge numa fase em que o grupo procura expandir a sua influência no mercado europeu, onde já possui uma forte presença.

Mediaset, conhecido por canais como Canale 5, Italia 1 e Rete 4, desafiou a emissora estatal RAI e consolidou a sua posição de liderança na televisão italiana. Desde a sua fundação, o grupo tem sido controlado pela família Berlusconi, com a holding Fininvest a deter cerca de 33,8% do capital. A criação da MFE – MediaForEurope em 2021 permitiu a fusão de Mediaset Itália e Mediaset España, aumentando a sinergia entre os dois mercados.

A expansão do grupo em Espanha, com a criação do Mediaset España em 2009, foi um marco importante, uma vez que canais como Telecinco e Cuatro contribuíram para que o país representasse cerca de 27% da audiência comercial do grupo. Em Itália, a Mediaset lidera o mercado publicitário com uma quota de 40,9%.

Financeiramente, a MFE tem mostrado resultados robustos. Em 2024, a receita consolidada atingiu 2,95 mil milhões de euros, com um lucro de 137,9 milhões de euros. Este ano, sob a liderança de Píer Silvio Berlusconi, o grupo registou um lucro líquido de 51,4 milhões de euros, enquanto a dívida líquida consolidada caiu para 460,9 milhões de euros, uma redução de 33,3% em relação ao ano anterior.

Recentemente, o grupo Berlusconi anunciou a aquisição de mais de 75% da emissora alemã ProSiebenSat.1, posicionando-se para se tornar a maior emissora aberta da Europa. A MFE considera a expansão europeia essencial para competir com gigantes como a Netflix e o YouTube.

A Impresa, por sua vez, confirmou que está em negociações com o grupo MFE, conforme comunicado enviado à CMVM. O documento indica que, embora existam contactos em curso, não há, neste momento, qualquer acordo vinculativo. A Impresa, liderada por Francisco Pedro Balsemão, fechou o primeiro semestre com um prejuízo de 5,1 milhões de euros, refletindo uma diminuição de 27,1% em comparação com o ano anterior.

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As receitas consolidadas da Impresa caíram 0,8%, totalizando 85,9 milhões de euros, com um aumento dos proveitos provenientes da venda de conteúdos e da distribuição de canais. Contudo, a diminuição das receitas publicitárias e com IVRs teve um impacto significativo. Os custos operacionais aumentaram 1,1%, influenciados pelos custos de reestruturação.

Apesar dos desafios financeiros, o grupo liderado por Balsemão reportou um EBITDA recorrente ajustado superior ao dos semestres anteriores. A dívida remunerada líquida da Impresa aumentou para 148,2 milhões de euros, um crescimento de 3,8% face ao final de junho de 2024.

Leia também: O futuro da Impresa e o impacto da entrada do grupo Berlusconi.

Grupo Berlusconi Grupo Berlusconi Grupo Berlusconi Nota: análise relacionada com Grupo Berlusconi.

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Fonte: ECO

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