A líder da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, manifestou hoje a sua insatisfação em relação às propostas do Governo para a habitação, acusando-o de realizar uma “cópia muito mal feita” de algumas ideias do seu partido. Durante uma ação de pré-campanha em Gondomar, Leitão referiu-se especificamente à proposta de redução do IVA para 6% na construção de habitação, que considera uma imitação mal executada.
“A proposta do Governo é uma tentativa pouco conseguida de replicar algumas das nossas ideias, especialmente no que diz respeito ao IVA a 6% para a construção”, afirmou Mariana Leitão. A líder da IL sublinhou que o pacote legislativo apresentado é insuficiente e apelou ao Primeiro-Ministro para que considere a colaboração da Iniciativa Liberal na formulação de medidas mais eficazes para a habitação.
Mariana Leitão destacou que a questão da habitação é um problema premente em Portugal, com milhares de cidadãos a enfrentarem dificuldades para adquirir casa ou pagar rendas. “Este governo já apresentou um plano para a habitação em 2024 que não se concretizou em nada”, lembrou, enfatizando a necessidade de ações concretas.
Recentemente, Luís Montenegro anunciou que o Governo irá baixar a taxa de IVA para 6% na construção de casas com preços até 648.000 euros ou para arrendamento com rendas até 2.300 euros, um regime que se manterá até 2029. Contudo, Mariana Leitão criticou esta abordagem, afirmando que “mais burocracia e complicação” não são a solução. Segundo ela, os promotores terão de pagar inicialmente o IVA a 23% e enfrentar um processo burocrático para reaver a diferença.
No que diz respeito ao arrendamento, a líder da IL defendeu que, em vez de ajustes fiscais, é essencial uma redução geral de impostos. “O que o país precisa é de confiança para que os senhorios coloquem as suas casas no mercado”, disse. A Iniciativa Liberal propõe um impulso no mercado de habitação, construção e arrendamento, com menos burocracia e maior liberdade contratual.
A IL está coligada com o PSD em Gondomar, onde ocupa o quarto lugar na lista para a câmara, prometendo a pasta das Finanças. Nas últimas eleições, o PS manteve a câmara com sete lugares, enquanto o PSD obteve três e a CDU um.
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Fonte: Sapo
