O Supremo Tribunal dos Estados Unidos deu luz verde ao governo de Donald Trump para reter quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,4 mil milhões de euros) destinados a ajuda externa. Esta decisão surge após um juiz anterior ter determinado que o governo deveria gastar este montante até ao final do mês. Contudo, a administração Trump recorreu ao Supremo Tribunal, que agora lhe concede uma vitória significativa na sua estratégia de redução de gastos no exterior.
A decisão foi aprovada com o apoio de seis juízes, enquanto três se opuseram. Os juízes que votaram a favor argumentaram que “os alegados danos à conduta do Executivo em relações exteriores parecem superar os danos potenciais” que a retenção de fundos pode causar aos países que dependem dessa ajuda externa. Este é um ponto crucial, pois a ajuda externa é frequentemente vista como um instrumento de diplomacia e estabilidade global.
O Congresso dos Estados Unidos tinha destinado este valor para várias iniciativas, incluindo ajudas externas, operações de manutenção da paz das Nações Unidas e esforços de promoção da democracia em países em desenvolvimento. A decisão do Supremo Tribunal levanta questões sobre o futuro da ajuda externa e o impacto que a sua redução pode ter nas relações internacionais dos EUA.
Desde que assumiu a presidência em janeiro, Trump tem manifestado a intenção de cortar a ajuda externa em até 30 mil milhões de dólares (aproximadamente 25,5 mil milhões de euros). Esta abordagem reflete uma política de “América em primeiro lugar”, que visa priorizar os interesses internos em detrimento de compromissos financeiros no exterior.
A retenção de ajuda externa pode ter repercussões significativas, não só para os países que dependem desses fundos, mas também para a imagem dos Estados Unidos no cenário internacional. A decisão do Supremo Tribunal poderá influenciar futuras políticas de ajuda e a forma como os EUA se relacionam com outras nações.
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Fonte: Sapo
