PCP promete votar contra Orçamento do Estado e travar propostas

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, anunciou que o seu partido votará contra a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo. Em declarações feitas durante uma ação de campanha em Monforte, no distrito de Portalegre, Raimundo afirmou que o Orçamento será “um instrumento ao serviço da política em curso”, e que o PCP fará “tudo” para travar a sua aprovação.

“Com o nosso voto, isso não será de certeza. Não só não estaremos a favor, como estaremos contra e vamos fazer tudo para o travar”, disse o líder comunista, sublinhando que a discussão em torno do Orçamento do Estado para 2026 se assemelha a “um circo”. Questionou se alguém tem dúvidas de que o orçamento será aprovado, afirmando que a questão não é se será o PS ou o Chega a aprová-lo, mas sim quem ficará com a responsabilidade de aprovar um orçamento que considera prejudicial.

Raimundo criticou a postura do PS, que já declarou que não viabilizaria um Orçamento que inclua as alterações laborais defendidas pelo Governo. “Para um, sobrará a aprovação do orçamento e, para outro, sobrará a aprovação de outros diplomas tão maus como o Orçamento, como o pacote laboral”, afirmou, reiterando que o PCP não pode ser corresponsável pelo que considera ser o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços públicos.

O secretário-geral do PCP também se mostrou crítico em relação à ideia de estabilidade que tem sido promovida, questionando se esta se refere à falta de médicos e enfermeiros no SNS ou às rendas elevadas. “Quem quiser, que ponha a assinatura, mas tem de assumir as responsabilidades. Não é só vir falar em estabilidade”, frisou.

Além disso, Paulo Raimundo foi questionado sobre um grupo de trabalho formado entre o PSD e o Chega para discutir alterações à lei dos estrangeiros. Ele afirmou que essa colaboração representa uma “ideia reacionária” e que o PCP não se associará a esse tipo de negociações. “Era só o que faltava, nós andarmos atrás da agenda e do calendário das negociatas do PSD e do Chega”, disse, enfatizando que a vida das pessoas não deve ser condicionada por tais acordos.

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O líder do PCP destacou a intenção de conduzir uma campanha autárquica centrada nas necessidades das pessoas e em soluções práticas, em vez de se deixar levar por discussões sobre grupos de trabalho. “Aquela que vou procurar fazer é centrada no terreno”, concluiu.

Leia também: O impacto das propostas de Orçamento do Estado na sociedade.

Orçamento do Estado Orçamento do Estado Nota: análise relacionada com Orçamento do Estado.

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Fonte: ECO

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