Líderes empresariais aumentam ações para a sustentabilidade

Os líderes empresariais estão a adotar mais ações concretas em prol da sustentabilidade, apesar de uma aparente redução no discurso sobre o tema. Um estudo recente da Bain & Company revela que, em 2024, cerca de 54% dos CEOs associam a sustentabilidade a valor para o negócio, um aumento significativo de 18% em relação a 2018.

Francisco Sepúlveda, partner da Bain em Lisboa, destaca que, após anos de ambições e discussões sobre metas, os CEOs estão agora a fazer uma reflexão mais realista sobre a sua agenda de sustentabilidade. “Hoje, podem falar menos sobre o tema, mas o que não expressam em palavras traduzem-no em ação — passaram do ‘dizer’ ao ‘fazer’”, afirma.

O estudo também indica que a procura por fornecedores sustentáveis está a aumentar entre os compradores B2B, enquanto os consumidores B2C valorizam cada vez mais este fator, premiando as empresas que oferecem produtos inovadores, acessíveis e sustentáveis. Este cenário demonstra que a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para as empresas que desejam manter a sua competitividade.

A inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel crucial neste processo, ajudando as empresas a serem mais sustentáveis. As organizações que adotaram esta tecnologia registaram uma redução no consumo energético e no desperdício, além de melhorias na segurança no trabalho. De acordo com o estudo, 80% dos 400 executivos inquiridos veem uma grande oportunidade na IA para apoiar as suas iniciativas de sustentabilidade. No entanto, 50% ainda se encontram numa fase inicial de testes e exploração das suas aplicações.

Embora a IA seja uma ferramenta poderosa, os setores devem estar cientes do impacto ambiental que o seu crescimento pode acarretar. A ferramenta Intersect da Bain estima que, num cenário de elevado crescimento, os centros de dados e a IA poderão emitir até 810 milhões de toneladas de CO₂ por ano até 2035, o que representa 2% das emissões globais e 17% das emissões industriais.

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Diogo Rebelo, senior manager da Bain, sublinha a importância da IA na agenda de sustentabilidade. “A inteligência artificial deixou de ser opcional — é hoje essencial para desbloquear impacto sustentável. Enquanto muitas empresas ainda estão em fase de testes, líderes já aplicam a IA para reduzir energia e desperdício, melhorar a segurança e acelerar metas ambientais, capturando simultaneamente valor de negócio. A mensagem é clara: a IA não deve ser vista como um extra, mas integrada de forma estratégica e ambiciosa no centro da agenda de sustentabilidade.”

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Fonte: Sapo

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