Na Assembleia Geral do Benfica, os sócios decidiram chumbar o relatório e contas da época 2024/25, com 63,49% dos votos a serem contra e apenas 36,51% a favor. A votação teve lugar no pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa, e contou com a presença de 1.188 associados. A reunião foi marcada por momentos de confusão, levando à sua suspensão, especialmente quando o ex-presidente Luís Filipe Vieira se preparava para discursar, sendo recebido com apupos e assobios.
Vieira, que se candidata novamente à presidência, abandonou o recinto antes do anúncio dos resultados, afirmando aos jornalistas que não voltaria para a segunda Assembleia Geral do dia, que tinha como objetivo discutir e aprovar o regulamento eleitoral. O atual presidente, Rui Costa, também está na corrida, juntamente com outros cinco candidatos: João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Paulo Parreira.
Apesar da rejeição do relatório e contas, o Benfica apresentou um resultado positivo de 40,7 milhões de euros (ME) para a época em questão. Desse total, 27,5 ME são atribuídos ao clube, enquanto 13,2 ME são considerados “imputáveis aos interesses minoritários não controláveis”. Comparando com o período homólogo, o resultado líquido consolidado aumentou em 72,9 ME.
O resultado operacional, que exclui os direitos de atletas, foi de 13,5 ME, representando uma melhoria significativa de 40 ME em relação ao ano anterior. Este é o primeiro resultado operacional positivo desde a época 2018/19. O clube justificou esta melhoria com o crescimento da atividade operacional sem direitos de atletas e com as operações relacionadas com os direitos de jogadores, que contribuíram com 33 ME para a evolução positiva do resultado.
As receitas do Benfica atingiram valores recorde em várias áreas. Os rendimentos com direitos de televisão, que incluem o contrato com a NOS e os prémios da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, totalizaram 148,4 ME. As receitas associadas ao ‘matchday’, que englobam quotização, corporate e bilhética, ascenderam a 62,8 ME, enquanto os rendimentos das atividades comerciais, principalmente provenientes de patrocinadores e merchandising, alcançaram 72,8 ME.
No que diz respeito ao ativo do clube, este ultrapassa agora os 568,1 ME, representando um aumento de 6,3% em comparação com 30 de junho de 2024. Por outro lado, o passivo do Benfica atinge os 533 ME, o que representa uma diminuição de 1,2% face ao período homólogo.
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Fonte: ECO