Stiglitz critica desistência da Europa em negociações com EUA

O economista norte-americano e Prémio Nobel da Economia, Joseph E. Stiglitz, expressou a sua preocupação com a atual postura da Europa em relação às negociações com os Estados Unidos. Durante uma conferência de imprensa, antes de receber o título de doutor ‘honoris causa’ da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, Stiglitz afirmou que “as taxas aduaneiras de Trump são um desastre” e lamentou que a “Europa tenha desistido” de dialogar com o Presidente dos EUA.

Stiglitz sublinhou a importância de a Europa manter a sua soberania e não ceder às pressões externas. “Ceder significa abandonar a soberania da Europa”, afirmou, enfatizando que este é um momento crucial para a união europeia. O economista alertou que as políticas comerciais e fiscais implementadas pela administração Trump têm gerado um caos económico, enfraquecendo o Estado de direito e minando os direitos de propriedade intelectual.

Desde a tomada de posse de Donald Trump, Stiglitz notou uma “reviravolta de 180 graus” na tradição económica dos EUA, marcada por políticas antiglobalização e cortes de impostos que beneficiam os mais ricos. “A propriedade intelectual, essencial para o equilíbrio dos mercados, foi controlada e transformou-se numa espécie de bazar onde tudo vale”, acrescentou.

Além disso, Stiglitz chamou a atenção para os impactos negativos do “trumpismo” na ciência e nas universidades, afirmando que isso pode prejudicar o progresso e os indivíduos. Muitos estudantes nos EUA vivem com medo de deportação por expressarem opiniões críticas, evitando até regressar aos seus países durante as férias. “Quem viveu o autoritarismo, como Espanha, sabe o que isso significa”, disse, referindo-se à necessidade de as universidades defenderem os valores democráticos face a tais pressões.

O economista também aproveitou a ocasião para elogiar o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pela sua liderança em eventos internacionais, como o “Democracia para Sempre”, realizado recentemente em Nova Iorque. Stiglitz, que tem raízes numa família judia, abordou a situação em Gaza, descrevendo-a como “um genocídio, tanto a nível humano como académico”.

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Por fim, o Prémio Nobel criticou as tentativas de silenciar o debate nas universidades e nos fóruns públicos, reiterando que criticar Israel não deve ser confundido com antissemitismo, uma mensagem que Pedro Sánchez também defendeu na Universidade de Columbia.

Leia também: O impacto das políticas comerciais na economia global.

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Fonte: ECO

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