O Governo português anunciou que, na última semana de setembro, serão lançados os três primeiros concursos do novo instrumento financeiro destinado à inovação e competitividade. Este programa, criado em junho, irá utilizar verbas não executadas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um montante inicial de 300 milhões de euros. A informação foi divulgada pelo ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, durante a conferência ‘9 Chaves para o Futuro da Europa’, que celebrou o nono aniversário do Jornal Económico.
As verbas do PRR serão distribuídas entre três áreas principais: a reindustrialização, que receberá 150 milhões de euros; a economia de defesa e segurança, com 50 milhões; e a inteligência artificial nas pequenas e médias empresas (PME), que contará com 100 milhões. O ministro sublinhou que apenas projetos inovadores que se enquadrem em três das quatro linhas de apoio do novo instrumento financeiro poderão aceder a estas verbas.
Este novo programa foi criado para garantir a execução total do PRR na componente de subvenções, especialmente para projetos que não estarão prontos até 2026. O objetivo é canalizar o apoio financeiro do PRR para a reindustrialização do tecido empresarial, promovendo um ambiente propício à inovação. O instrumento financeiro combina apoios a fundo perdido e garantias públicas, sendo gerido pelo Banco de Fomento.
Manuel Castro Almeida destacou que a prioridade será dada ao desenvolvimento e à adoção industrial de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, bem como ao fortalecimento da base industrial e tecnológica nacional na área da defesa e segurança. A linha de apoio à reindustrialização, com 150 milhões de euros, é vista como essencial para o crescimento das empresas, enquanto as linhas para a inteligência artificial e a economia de defesa e segurança estão alinhadas com as recomendações do plano de Draghi e do quadro estratégico conhecido como bússola para a competitividade.
O ministro concluiu afirmando que o crescimento das empresas é fundamental para a economia nacional. “O lucro de hoje será o capital próprio do investimento de amanhã. Apenas a criação de mais riqueza permitirá reduzir desigualdades, reforçar a coesão social e territorial e garantir a sustentabilidade do modelo económico e social da democracia portuguesa”, afirmou.
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Fonte: Sapo