O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, lançou um desafio ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, propondo que o suplemento temporário atribuído aos pensionistas seja transformado num aumento permanente para as pensões mais baixas. Durante um almoço de campanha em Torre de Moncorvo, Bragança, Carneiro argumentou que essa medida teria um custo equivalente à redução de um ponto percentual do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC).
Carneiro criticou a abordagem do governo em relação ao complemento extraordinário, que, segundo ele, é uma solução temporária que não resolve os problemas dos pensionistas. “O primeiro-ministro veio dizer que, se tudo correr bem, poderemos dar um complemento extraordinário para os idosos, mas isso é uma solução que se dá agora e se retira depois”, afirmou. O líder do PS sublinhou que a transformação desse complemento em aumento permanente das pensões mais baixas poderia ser uma solução eficaz para os pensionistas.
De acordo com as contas apresentadas por Carneiro, um aumento permanente para pensões até 522 euros custaria cerca de 400 milhões de euros. Este valor, segundo ele, é o mesmo que representa a descida de um ponto percentual do IRC, o que levanta a questão sobre a prioridade do governo em relação ao apoio aos pensionistas.
O primeiro-ministro, por sua vez, prometeu que no próximo Orçamento do Estado haverá um novo aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI). Montenegro também indicou que, caso haja folga orçamental, poderá ser atribuído um suplemento às pensões mais baixas a meio do ano. “Quando chegámos ao Governo, as pensões eram de 550 euros. Aumentámos primeiro para 600, depois para 630, e até ao dia 10 de outubro saberemos quanto propomos aumentar para o próximo ano”, referiu, aludindo à entrega do Orçamento do Estado para 2026, que coincide com o final da campanha autárquica.
A proposta do PS para o aumento das pensões levanta questões sobre a sustentabilidade financeira das medidas e a capacidade do governo em equilibrar o orçamento. “Se Luís Montenegro está preocupado com os pensionistas, tem uma boa solução nas mãos”, concluiu Carneiro, reiterando a importância de uma abordagem mais permanente para o aumento das pensões.
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Fonte: ECO