O líder do PSD, Luís Montenegro, denunciou recentemente o ressurgimento de barracas e bairros de lata, apontando que este fenómeno tem ocorrido principalmente em autarquias governadas por partidos socialistas e comunistas. A declaração foi feita durante um almoço com autarcas do distrito de Lisboa, onde se discutiram questões prementes relacionadas com a habitação e a segurança na Área Metropolitana de Lisboa.
Montenegro sublinhou que os presidentes de câmara do seu partido não se limitam a observar o problema. “Estas candidaturas que nós aqui temos não são dos que ficam a olhar e observar o renascimento de núcleos de barracas. Não há que ter problemas de falar nas palavras como elas são: de barracas, de bairros de lata”, afirmou, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais assertiva para enfrentar a situação.
O líder do PSD também recordou que este tipo de habitação tinha sido “erradicada por um governo com a mesma inspiração ideológica”, referindo-se aos executivos liderados por Cavaco Silva. Segundo Montenegro, o ressurgimento das barracas é uma realidade que não pode ser ignorada. “Voltaram devagarinho, aqui e ali, nesta margem e naquela do lado lá, a ressurgir, sobretudo – tem que se dizer também – em câmaras governadas pelo Partido Socialista e pelo Partido Comunista”, acusou.
Esta crítica surge num momento em que a habitação se tornou um tema central nas discussões políticas em Portugal. O aumento do custo de vida e a escassez de habitação acessível têm levado a um aumento da preocupação social, com muitos a questionarem a eficácia das políticas habitacionais implementadas pelos diferentes partidos.
Montenegro não é o único a levantar esta questão. A discussão sobre a habitação e a necessidade de soluções eficazes continua a ser um tema quente entre os cidadãos e os políticos. A pressão para resolver a crise habitacional é cada vez mais intensa, e o ressurgimento de barracas é visto como um sinal preocupante da falência das políticas habitacionais em algumas autarquias.
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O debate sobre a habitação em Portugal está longe de ser resolvido, e as palavras de Montenegro podem servir como um alerta para a necessidade de uma abordagem mais eficaz e integrada para enfrentar os desafios que o país enfrenta neste domínio.
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Fonte: ECO