Menos cinco mil alunos no Ensino Superior em 2025-2026

O ano letivo de 2025-2026 marca uma descida significativa no número de alunos admitidos no ensino superior público em Portugal. De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), foram admitidos 45.290 estudantes através do concurso nacional de acesso, o que representa uma diminuição de cerca de cinco mil alunos em comparação com o ano anterior. Esta queda de 10% nas admissões é um sinal claro das dificuldades que o sistema de ensino superior enfrenta.

No total, foram disponibilizadas 55.292 vagas nas três fases do concurso, mas cerca de 10 mil destas permaneceram por preencher. As universidades conseguiram captar 29.019 alunos, alcançando uma taxa de ocupação de 92,8%. No entanto, os institutos politécnicos enfrentaram uma situação mais complicada, com uma taxa de ocupação de apenas 67,7%, resultando na admissão de 16.271 novos alunos.

Entre as instituições de ensino superior, destacam-se as Universidades de Coimbra, Nova de Lisboa, Lisboa, Porto, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e a Escola Superior de Enfermagem em Lisboa, todas com taxas de ocupação superiores a 95%. Em contraste, os politécnicos de Tomar, Bragança, Guarda e Beja registaram taxas de ocupação alarmantemente baixas, abaixo de 40%.

Na terceira fase do concurso, apenas 801 dos 3.046 alunos que concorreram conseguiram uma colocação nas 6.710 vagas disponíveis. Este número representa menos do dobro de colocações em comparação com o ano anterior. Os alunos têm até o dia 3 de outubro para efetuar a sua inscrição e matrícula.

As razões para esta queda no número de alunos no ensino superior têm sido objeto de análise. Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE e antiga ministra da Educação, sugere que a reintrodução dos exames no Ensino Secundário pode ter contribuído para a diminuição das admissões. Por outro lado, Pedro Santa Clara, fundador das Escolas 42 e TUMO, aponta para um excesso de oferta que não corresponde à procura real. Os institutos politécnicos, por sua vez, atribuem a redução no número de colocados ao novo modelo de acesso ao ensino superior.

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Fonte: Sapo

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