O presidente do Benfica, Rui Costa, reconheceu que “pode ter havido um erro dos serviços” do clube na aceitação de um valor proveniente da Rússia relacionado com a transferência do jogador Germán Conti. Durante uma gala da Federação Portuguesa de Futebol, Rui Costa sublinhou que a situação não compromete o clube e não envolve qualquer tipo de corrupção.
“É um caso muito simples. Não é uma situação que lesa o Benfica, não é uma situação de corrupção. É uma situação em que pode ter havido um erro de serviços, não mais do que isso. Não foi uma transferência direta para a Rússia, é posterior”, afirmou o presidente.
Na segunda-feira, o Benfica anunciou que o Ministério Público (MP) bloqueou 70 mil euros que lhe eram devidos pela transferência de Germán Conti, que saiu do Lokomotiv Moscovo para o Racing Club, da Argentina, em 2024. Este bloqueio deve-se às sanções impostas pela União Europeia à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.
De acordo com informações do Correio da Manhã, Rui Costa poderá ser constituído arguido neste caso, devido à alegada violação das sanções europeias. O presidente do Benfica explicou que o clube tinha uma percentagem do passe do jogador e que a verba passou pelo sistema de gestão da FIFA, o TMS, antes de o Benfica ser alertado. “Nessa altura, o Benfica cativa o dinheiro para devolver ao Ministério Público. Serei chamado como presidente do clube e não mais do que isso. Os sócios podem ficar serenos, porque não há tentativas de corrupção, não há fraudes, não há nada”, garantiu.
Germán Conti esteve no Benfica entre 2018 e 2023, tendo sido transferido para o Lokomotiv Moscovo no início de 2023. Durante a sua passagem pelo clube, o jogador fez dez jogos pela equipa principal. O Benfica confirmou que era detentor de uma percentagem do passe de Conti e que a transferência de 70 mil euros foi validada pelo TMS. No entanto, assim que tomou conhecimento das sanções da União Europeia, o clube decidiu cessar os efeitos do contrato e recusou qualquer pagamento.
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Fonte: ECO