O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma homenagem ao antigo primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Sá Carneiro, durante a inauguração da exposição “Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia Portuguesa”, em Lisboa. Marcelo destacou que Sá Carneiro era um homem que gostava de “missões impossíveis” e traçou um paralelo com o atual líder do PSD, Luís Montenegro.
Na sua intervenção, o chefe de Estado recordou que, na época da fundação do PPD, muitos analistas políticos acreditavam que o partido não teria futuro. “O PPD era considerado um partido impossível”, afirmou Marcelo, sublinhando que, na realidade, quem estava no terreno sabia que era um partido viável e diferente.
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a determinação de Sá Carneiro, que “conquistou a pulso” o espaço do PSD. “Acho que o primeiro-ministro também gosta de missões impossíveis”, disse, referindo-se a Luís Montenegro. O Presidente também comentou a afirmação de Montenegro de que o atual Governo é “Sá Carneirista”, concordando que a memória de Sá Carneiro é fundamental para a revitalização do partido.
Sá Carneiro foi descrito por Marcelo como um “homem de coragem ilimitada” e uma “figura meteórica”, capaz de antecipar acontecimentos. O Presidente expressou a sua gratidão por Sá Carneiro, afirmando que ele foi uma realidade única na história da democracia portuguesa. “Mais ninguém viveu em tão pouco tempo tanto na criação da democracia”, destacou.
Marcelo também lembrou que Sá Carneiro se opôs ao regime de Salazar até ao fim da sua vida. No final do evento, o Presidente não prestou declarações aos jornalistas sobre a nova versão da Lei da Nacionalidade, mas mencionou que haverá uma reunião no parlamento no dia 6 de novembro para discutir a redação final.
A exposição “Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia Portuguesa (1934-1980)”, organizada pelo Arquivo Ephemera, estará disponível para visita até 31 de janeiro de 2026. O curador José Pacheco Pereira também discursou na inauguração, enfatizando a importância do legado de Sá Carneiro na atualidade, especialmente num momento em que a democracia enfrenta desafios. “Conhecer a sua obra é vital para os dias de hoje”, defendeu, sublinhando que a exposição é rigorosa do ponto de vista histórico e baseada em documentos autênticos.
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Fonte: Sapo





