A paralisação do governo dos EUA, conhecida como shutdown, completou esta quarta-feira 36 dias, estabelecendo um novo recorde como a mais longa interrupção federal da história do país. Este impasse no Parlamento tem gerado crescentes preocupações sobre a falta de verbas para programas sociais essenciais e o potencial encerramento de partes do espaço aéreo devido à escassez de pessoal.
Com a paralisação do governo dos EUA, mais de 42 milhões de pessoas deixaram de receber assistência alimentar federal. Além disso, a ausência de controladores de tráfego aéreo, que continuam a trabalhar sem remuneração, resultou em atrasos e cancelamentos de voos em aeroportos por todo o país. A secretária de imprensa da Presidência, Karoline Leavitt, criticou a situação, afirmando que “o obstrucionismo dos democratas vai bater o recorde da paralisação governamental mais longa da história dos EUA”.
Republicanos e democratas têm trocado acusações sobre a responsabilidade pela paralisação do governo dos EUA. O Senado rejeitou uma proposta republicana de financiamento temporário, prolongando o impasse. Os democratas exigem a aprovação de mais subsídios para o programa de seguros de saúde Obamacare, enquanto a maioria republicana, que controla ambas as câmaras do Congresso, acusa a oposição de querer beneficiar imigrantes sem documentos.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, responsabilizou o Presidente e os republicanos pela situação, afirmando que “a paralisação é produto da intransigência do Presidente e da sua recusa em negociar um orçamento equilibrado e justo”. Schumer sublinhou que “os norte-americanos não deveriam ter de pagar o preço por um jogo político que põe em risco a segurança e os serviços essenciais do país”.
A atual paralisação do governo dos EUA já superou a de 2019, quando o governo esteve paralisado durante 35 dias devido a um impasse sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México. Naquela ocasião, mais de 800 mil funcionários federais foram forçados a trabalhar sem receber salário ou foram temporariamente suspensos, uma situação que pode repetir-se se não houver um acordo orçamental em breve.
Na noite de terça-feira, Donald Trump comentou que a paralisação do governo federal, resultante do impasse nas negociações orçamentais, teve impacto nas vitórias eleitorais dos democratas. Em Nova Iorque, Zohran Mamdani foi eleito presidente da câmara, derrotando Andrew Cuomo, um antigo governador democrata que concorreu como independente. Na Virgínia, os eleitores escolheram Abigail Spanberger como a primeira mulher a liderar o estado, enquanto em Nova Jérsia, os democratas mantiveram o poder, com a congressista Mikie Sherill a caracterizar a vitória como um referendo sobre Trump e as suas políticas.
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Fonte: ECO





