O processo de substituição dos F-16 em Portugal ainda não começou, conforme afirmou Nuno Melo, ministro da Defesa, durante uma audição conjunta na Comissão de Defesa e na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. O ministro sublinhou que a avaliação do melhor equipamento para substituir os F-16 será feita em colaboração com a Força Aérea, mas não avançou detalhes sobre o processo ou as negociações em curso.
Com o prazo de 30 de novembro a aproximar-se, Portugal deve apresentar junto da União Europeia os projetos que pretende financiar com os mais de cinco mil milhões de euros disponíveis através do programa SAFE. Apesar da importância destas verbas, Nuno Melo não revelou quais serão os pilares estratégicos para a utilização deste financiamento, mantendo um nível de reserva sobre as negociações.
O ministro destacou que a escolha do novo equipamento deve ser feita com cautela, uma vez que o objetivo é garantir o melhor resultado possível no processo negocial. “Não podemos discutir agora detalhes que devem ser tratados com os fabricantes dos equipamentos”, afirmou. Esta abordagem visa assegurar que as decisões sejam tomadas de forma estratégica e informada.
Nuno Melo também comentou a atual situação geopolítica, que influencia as escolhas de defesa da União Europeia. Com os Estados Unidos a redirecionar o seu foco geoestratégico para o Indo-Pacífico, o ministro enfatizou a necessidade de a Europa reforçar a sua capacidade de defesa. “Temos de produzir mais na Europa e garantir que se compre mais em Portugal”, disse, sublinhando a importância de fortalecer a indústria de defesa nacional.
Embora o ministro tenha reafirmado a intenção de priorizar a produção e aquisição de equipamentos na Europa, ele admitiu que, caso não exista uma opção adequada na União Europeia, outras alternativas, incluindo fornecedores dos Estados Unidos, poderão ser consideradas. “A concorrência é benéfica, pois ajuda a baixar os preços e a garantir melhores contrapartidas”, acrescentou.
Atualmente, fabricantes como a Lockheed Martin, com os F-35, a sueca Saab, com os Gripen, e o consórcio europeu Eurofighter estão entre os interessados em participar no processo de substituição dos F-16. Estes fabricantes já manifestaram a intenção de estabelecer parcerias com o setor de defesa nacional como parte das suas propostas.
A substituição dos F-16 é um tema relevante para a segurança nacional e para a modernização das Forças Armadas. A decisão sobre o novo equipamento terá um impacto significativo na capacidade operacional da Força Aérea Portuguesa. Leia também: “Defesa vai reforçar Força Aérea com helicópteros Black Hawk”.
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Fonte: ECO





