Taiwan pede maior inclusão global no Parlamento Europeu

Taiwan fez história ao enviar um alto funcionário ao Parlamento Europeu pela primeira vez, com o objetivo de promover a sua inclusão em organizações internacionais. A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Hsiao Bi-khim, esteve presente na sessão anual da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), acompanhada pelo chefe da diplomacia taiwanesa, Lin Chia-lung. Este evento marca um passo significativo nas relações de Taiwan com a Europa, uma vez que nunca antes um representante de Taiwan discursou em um parlamento de um país com o qual não mantém relações oficiais.

A IPAC, fundada em 2020, é um grupo internacional de parlamentares que se preocupa com os desafios que a China representa para as democracias. O objetivo do grupo é promover campanhas e legislação que impeçam a infiltração política e económica da China em várias nações. Durante o seu discurso, Hsiao destacou que a cimeira do IPAC “é mais do que um fórum europeu, é um momento global”, sublinhando que tanto a Europa quanto Taiwan estão a lutar pela liberdade e pela democracia.

Hsiao enfatizou que a estabilidade no Estreito de Taiwan é crucial não apenas para a região, mas para a prosperidade global. “Taiwan importa não porque sejamos vítimas de coerção, mas porque a integridade do sistema internacional e a prosperidade global dependem de um Taiwan livre”, afirmou. A vice-ministra também recordou a importância da empresa holandesa Philips na fundação da TSMC, a maior fabricante de semicondutores do mundo, e destacou a Europa como a principal fonte de investimento direto para Taiwan.

A vice-ministra apelou ao apoio dos membros do IPAC para expandir a cooperação comercial e tecnológica, preparar a população para possíveis conflitos e garantir a paz no Estreito de Taiwan. Além disso, Hsiao pediu a inclusão de Taiwan em organizações como a Organização Mundial de Saúde e a Interpol, afirmando que “não se trata de favores, mas sim de parcerias construtivas”. Um Taiwan mais forte, segundo Hsiao, contribuirá para um Indo-Pacífico mais estável, o que, por sua vez, resultará em um mundo mais seguro.

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Desde 1949, Taiwan tem sido autogovernada após a fuga dos nacionalistas de Chiang Kai-shek para a ilha, após a vitória dos comunistas na China. Pequim considera Taiwan uma parte inalienável do seu território e não descarta o uso da força para alcançar a reunificação, um objetivo do líder chinês Xi Jinping. A crescente pressão militar da China tem levado Taiwan a reforçar a sua posição no cenário internacional.

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Fonte: Sapo

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