A Direção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) identificou várias irregularidades no processo de despedimento coletivo que a Teleperformance está a implementar em Lisboa, Porto e Covilhã. A empresa foi já advertida, mas até ao momento não corrigiu as falhas apontadas. A situação será agora reportada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), conforme informações enviadas pelo Ministério do Trabalho aos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda e do PCP.
Durante a fase de instrução do despedimento coletivo, a DGERT detetou várias inconformidades que levaram à advertência da Teleperformance. No entanto, a empresa não tomou as medidas necessárias para resolver a situação. Assim, a DGERT decidiu encaminhar o caso para a ACT, que irá acompanhar o processo e assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.
A ACT reafirmou o seu compromisso em monitorizar o despedimento coletivo até à decisão final e à cessação dos contratos de trabalho, garantindo que as obrigações legais sejam cumpridas. O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) também se mostrou disponível para apoiar os trabalhadores afetados.
O despedimento coletivo na Teleperformance foi anunciado em meados de outubro, com a empresa a justificar a decisão com um “ambiente empresarial volátil” que afeta a Europa desde o início do ano. A empresa referiu que não existem sinais de melhoria para 2026, o que levou à implementação de um plano de reestruturação que inclui a redução da força de trabalho.
O Ministério do Trabalho revelou que a comunicação inicial sobre o despedimento coletivo abrange 218 trabalhadores. Destes, 103 estão diretamente associados à área de operações e 115 à área de suporte, distribuídos por três locais de trabalho: Lisboa, Porto e Covilhã. A empresa alegou motivos económicos, de mercado e estruturais, incluindo a conclusão de 25 projetos e a redução parcial de quatro, por decisão dos clientes.
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Fonte: ECO





