O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto na passada sexta-feira, dia 14, que elimina as tarifas alfandegárias que tinha imposto anteriormente sobre diversos produtos agrícolas, incluindo carne de vaca, café e bananas. Esta decisão surge num contexto de pressão crescente sobre a administração para reduzir o custo de vida dos cidadãos americanos.
No seu decreto, Trump afirmou: “Determinei que certos produtos agrícolas não deveriam estar sujeitos às tarifas alfandegárias recíprocas” que foram implementadas em abril. A lista de produtos isentos inclui itens que os Estados Unidos não conseguem cultivar ou que são produzidos em quantidades insuficientes, como o café, o chá e várias frutas exóticas, além da carne de vaca, cujos preços atingiram níveis recorde no país.
Em abril, o Presidente havia imposto tarifas de pelo menos 10% sobre a maioria dos produtos importados, como parte de uma estratégia para reduzir o défice comercial e apoiar a produção local. Contudo, essas tarifas incluíam produtos que não podem ser cultivados em solo americano, o que gerou críticas.
Após uma derrota significativa nas eleições locais, a maioria republicana voltou a focar na questão do custo de vida, que se tornou uma prioridade. Trump, que havia prometido melhorar o poder de compra dos americanos durante a sua reeleição, destacou as medidas que estão a ser tomadas para baixar os preços de bens essenciais, como a gasolina e os ovos, além de um acordo para reduzir os preços de medicamentos para emagrecimento.
Além disso, a Casa Branca anunciou a conclusão de acordos comerciais com países como Argentina, Guatemala, Equador e El Salvador, que preveem tarifas mais baixas para a entrada de certos produtos no mercado norte-americano. Estes acordos visam facilitar a importação de produtos agrícolas e têxteis, em troca de compromissos de abertura dos mercados latino-americanos aos produtos dos EUA.
Um responsável da administração, que pediu anonimato, indicou que as tarifas gerais de 10% sobre produtos da Guatemala, El Salvador e Argentina, e de 15% sobre os do Equador, permanecerão inalteradas, mas haverá uma redução em vários produtos, como as bananas, das quais a Guatemala é um importante fornecedor.
A Argentina, por sua vez, comprometeu-se a abrir o seu mercado ao gado e aves norte-americanas, além de simplificar a entrada de carne bovina. Estes acordos também garantem, segundo a fonte, o acesso dos Estados Unidos a minerais estratégicos.
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Fonte: Sapo





