Banqueiros pedem flexibilização da legislação laboral em Portugal

Os principais líderes do setor bancário em Portugal manifestaram, na 8ª Conferência Banca do Futuro, a sua defesa pela flexibilização da legislação laboral. O evento, realizado em Lisboa, contou com a participação dos presidentes executivos do BCP, BPI e Santander Portugal, além do vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos. Todos concordaram que a reforma do Governo, que inclui a flexibilização dos despedimentos, é essencial para o futuro do mercado de trabalho.

João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, afirmou ser “altamente favorável a um mercado de trabalho um pouco mais livre”. No entanto, sublinhou a importância de compensar adequadamente os trabalhadores que dedicaram anos à mesma organização. “As pessoas devem ser compensadas por isso”, disse, destacando que o BPI sempre teve a capacidade de fazer essa compensação.

Oliveira e Costa também abordou a necessidade de aumentar a produtividade nas empresas, afirmando que “muitas vezes há pessoas que não estão alinhadas com os objetivos da organização”. Para ele, é crucial dar oportunidades a novos talentos e a novas formas de pensar, permitindo uma evolução nas funções desempenhadas.

Miguel Maya, CEO do BCP, reforçou a ideia de que a flexibilidade nos despedimentos é determinante para as empresas ajustarem o seu quadro de pessoal. Contudo, enfatizou que essa flexibilização deve ser acompanhada por uma rede de suporte social para garantir que os trabalhadores que perdem o emprego tenham condições adequadas.

Francisco Cary, vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos, também se manifestou a favor de uma legislação laboral mais equilibrada. Ele acredita que a flexibilização pode aumentar a competitividade das empresas, especialmente num mercado global. “Esse crescimento acaba por se traduzir em mais crescimento para o país”, afirmou.

Por fim, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, considerou que, embora a mudança da legislação laboral não deva ser a prioridade máxima, é necessário que a legislação evolua e se torne mais flexível. Ele alertou para o “ruído enorme” à volta do tema e comparou a situação de Portugal com a de economias como a França e o Reino Unido, que enfrentam desafios significativos.

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Os banqueiros concordaram que o momento atual, caracterizado por um quase pleno emprego, é propício para implementar reformas. A flexibilização da legislação laboral poderá, assim, ser um passo importante para aumentar a competitividade das empresas e, por consequência, beneficiar a economia nacional.

Leia também: O impacto da legislação laboral na economia portuguesa.

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Fonte: Sapo

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