Humberto Pedrosa tranquilo após buscas sobre privatização da TAP

Humberto Pedrosa, empresário e acionista do Grupo Barraqueiro e da Atlantic Gateway, manifestou-se esta quarta-feira em relação às buscas realizadas no seu grupo, afirmando estar “completamente tranquilo”. Em uma mensagem interna enviada aos colaboradores, Pedrosa destacou que “nada deve e, por isso, nada teme”, referindo-se às investigações em curso.

O empresário sublinhou que a sua participação na privatização da TAP, ocorrida em 2015, foi sempre pautada pela “correção, legalidade e, sobretudo, pela vontade de trabalhar e ajudar o Estado português a manter a TAP como uma empresa forte”. Pedrosa afirmou que, ao longo dos seus quase 60 anos de atividade empresarial, sempre se empenhou em criar empresas saudáveis, que beneficiam tanto os colaboradores como os clientes. “Estamos, por isso, completamente tranquilos, não existindo qualquer motivo de preocupação relativamente a este processo”, concluiu.

As buscas realizadas pelo Ministério Público estão relacionadas com a “Operação voo TP789”, que resultou na constituição de quatro arguidos, incluindo duas pessoas e duas empresas. As diligências ocorreram em 25 locais, abrangendo a TAP, o Grupo Barraqueiro e a Parpública, e estão associadas a suspeitas de administração danosa, corrupção passiva no setor privado e fraude fiscal qualificada, conforme indicado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

O Grupo Barraqueiro já confirmou as buscas e expressou “total confiança e tranquilidade” na sua atuação, lembrando que entregou voluntariamente um dossiê ao Ministério Público com toda a informação relevante, incluindo provas de que não praticou qualquer irregularidade.

A investigação decorre de uma queixa apresentada em 2022 e foca a aquisição de 61% da TAP SGPS pela Atlantic Gateway em 2015. Um dos pontos mais debatidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Tutela Política da Gestão da TAP, em 2023, foram os fundos Airbus, um negócio que envolveu a anulação de um contrato de leasing de 12 aviões A350 e a aquisição de 53 aeronaves de outra gama.

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O consórcio Atlantic Gateway, que inclui Humberto Pedrosa e David Neeleman, venceu a privatização da TAP no final do governo PSD/CDS-PP, uma operação que foi parcialmente revertida em 2015 pelo executivo de António Costa (PS). Na altura, a tutela da TAP estava sob a responsabilidade do atual ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

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Fonte: ECO

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