A International Airlines Group (IAG), proprietária da British Airways e Iberia, apresentou a sua manifestação de interesse na privatização de 44,9% da TAP. Contudo, a empresa sublinha a necessidade de esclarecer vários pontos antes de formalizar qualquer proposta de investimento. Em comunicado, a IAG afirmou que “é necessário esclarecer vários temas antes de a IAG poder propor um investimento”.
A IAG acredita que a TAP possui um potencial significativo dentro do seu grupo. “O nosso modelo descentralizado proporciona margens líderes no setor e está em consonância com a ambição do Governo português de proteger a TAP”, referiu a empresa. Além disso, destacaram o seu historial de investimentos que visam fortalecer as companhias aéreas, beneficiando assim clientes, funcionários e economias locais.
A Lufthansa também anunciou a sua intenção de participar no processo de privatização da TAP, juntando-se à IAG e à Air France-KLM. A companhia aérea alemã expressou o desejo de adquirir uma participação minoritária, com o objetivo de estabelecer uma parceria de longo prazo que assegure o sucesso futuro da TAP. Carsten Spohr, presidente da Lufthansa, afirmou que a TAP é “de grande importância estratégica para a indústria de aviação europeia”.
A Lufthansa já está presente em Portugal há mais de 70 anos e opera mais de 280 voos semanais para o país. A empresa destacou ainda o seu investimento na unidade da Lufthansa Technik em Santa Maria da Feira, que deverá aumentar o número de trabalhadores de 400 para mil até 2030. A cooperação com a TAP, segundo a Lufthansa, poderia reforçar a posição de Lisboa como um hub atlântico e expandir a conectividade entre a Europa e outras regiões do mundo.
A Air France-KLM também formalizou a sua manifestação de interesse na privatização da TAP, demonstrando um forte interesse neste processo. Os interessados têm até às 16h59 do dia 22 de novembro para apresentar oficialmente a sua intenção de participar na privatização da companhia aérea.
O ministério das Infraestruturas definiu que a venda da TAP será direcionada exclusivamente a operadores aéreos de dimensão relevante, exigindo um mínimo de receitas superiores a 5 mil milhões de euros em pelo menos um dos últimos três anos. Além disso, os candidatos devem demonstrar experiência comprovada no setor da aviação e cumprir critérios de idoneidade e capacidade financeira.
A Parpública será responsável pela condução técnica do processo de privatização, incluindo a receção e análise das propostas. As propostas serão avaliadas com base em critérios financeiros, como o valor oferecido pelas ações e garantias de sustentabilidade financeira. O Conselho de Ministros tomará a decisão final sobre o investidor de referência, com base nos relatórios da Parpública e nos critérios definidos no Caderno de Encargos.
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Fonte: Sapo
