Febase critica CEO do BPI por declarações sobre trabalhadores

A Febase – Federação do Setor Financeiro – manifestou hoje a sua indignação em relação às declarações do CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, durante uma conferência organizada pelo Jornal de Negócios. O banqueiro comentou a Greve Geral agendada para 11 de dezembro, afirmando que “muitas vezes nas empresas há gente que não está alinhada, que não puxa carroça”, e criticou a legislação que, segundo ele, protege aqueles que não se esforçam.

Oliveira e Costa defendeu a necessidade de maior produtividade nas empresas, ao mesmo tempo que expressou a sua preferência por um mercado de trabalho mais flexível, desde que haja compensações justas para os trabalhadores que dedicam anos de serviço a uma organização. Contudo, a Febase considera que as suas palavras são ofensivas e injustas, especialmente em um momento em que se discute a reforma laboral.

No comunicado, a Febase sublinha que as afirmações de dirigentes de instituições como o BPI, BCP, CGD e Santander, que insinuam que existem trabalhadores que “não puxam a carroça”, são não apenas desrespeitosas, mas também perigosas do ponto de vista político. A Federação argumenta que, mesmo que não houvesse outras razões para a Greve Geral, a demonstração de desprezo pelos trabalhadores seria motivo suficiente para a mobilização.

A Febase recorda que desde a crise financeira de 2007/08, o Estado português investiu mais de 23,8 mil milhões de euros para estabilizar o sistema financeiro, através de recapitalizações e garantias públicas. Este esforço, amplamente documentado por várias entidades, permitiu que os bancos, incluindo o BPI, BCP, CGD e Santander, evitassem colapsos e mantivessem as suas posições no mercado.

Enquanto os bancos beneficiaram de cerca de nove mil milhões de euros em apoios públicos, os trabalhadores enfrentaram cortes salariais, perda de poder de compra e carreiras congeladas. A Febase sublinha que foram os trabalhadores e os contribuintes que suportaram os custos da austeridade, enquanto as instituições financeiras foram resgatadas.

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A Federação conclui que é profundamente ofensivo insinuar que são os trabalhadores que não se esforçam. “A inversão moral é total”, afirmam, destacando que quem realmente salvou a banca foram os cidadãos, não os banqueiros.

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Fonte: Sapo

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