A plataforma de moda Shein enfrenta agora um novo desafio, desta vez por parte da União Europeia, que está a investigar a alegada venda de bonecas sexuais infantis na sua loja online. Após ter sido bloqueada em França, a Comissão Europeia enviou um pedido formal de informação à empresa, alertando que a situação “pode constituir um risco sistémico para os consumidores” europeus.
A Comissão Europeia está a exigir que a Shein forneça informações detalhadas sobre como protege os menores de conteúdos inapropriados e quais as medidas que implementa para evitar a venda de produtos ilegais na sua plataforma. Este pedido surge no âmbito da nova regulamentação europeia dos serviços digitais, o Digital Services Act (DSA), que classifica a Shein como uma plataforma de grande dimensão.
A pressão sobre a Shein intensificou-se após o governo francês ter determinado que a loja online da empresa continha brinquedos considerados pedopornográficos e armas. Desde 5 de novembro, a plataforma está inacessível em França, e a empresa já se comprometeu a colaborar com as autoridades locais, oferecendo-se para partilhar as identidades dos compradores dos produtos ilegais.
Além disso, o ministro das Finanças francês anunciou que o governo irá solicitar judicialmente a suspensão da Shein em França por um período de três meses. A França não se limita apenas à Shein, tendo também decidido processar outras plataformas, como o AliExpress e a Joom, pela venda de bonecas sexuais com aparência infantil.
A investigação da Comissão Europeia é um passo significativo no sentido de garantir a segurança dos consumidores e a proteção dos menores na internet. A Shein, que tem vindo a crescer rapidamente no mercado europeu, agora enfrenta um escrutínio rigoroso que poderá afetar a sua operação na região.
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Fonte: ECO





