Merytu expande para distribuição e logística após sucesso no turismo

A Merytu, uma plataforma portuguesa que surgiu durante a pandemia, está a celebrar quatro anos de atividade com um balanço positivo. A empresa, que inicialmente se focou no setor do turismo, já conta com mais de 85 mil profissionais inscritos e uma carteira de clientes que tem duplicado anualmente. João Silva Santos, CEO da Merytu, revelou em entrevista ao ECO que a empresa está a preparar uma expansão para o setor da grande distribuição e logística no próximo ano.

Desde a sua fundação, a Merytu tem demonstrado um crescimento notável, com um aumento de 118% na receita e a presença em mais de 165 localidades. O CEO destaca que, num contexto de escassez de profissionais, a Merytu conseguiu atrair um número crescente de trabalhadores, com um aumento anual de 300% no número de inscritos. Este sucesso deve-se, segundo Santos, à valorização dos profissionais e à flexibilidade que a plataforma oferece.

A Merytu tem como objetivo oferecer uma alternativa ao trabalho tradicional, permitindo que os profissionais escolham quando e onde trabalhar. Santos critica a forma como o trabalho independente é visto em Portugal, considerando-o um “parente pobre” no mercado de trabalho. No entanto, vê com bons olhos o recente acordo entre a Uber e um sindicato da UGT, que estabelece um novo modelo de trabalho nas plataformas digitais.

A expansão para a distribuição e logística surge como uma resposta à demanda de empresas que reconhecem o valor da solução proposta pela Merytu. O CEO afirma que a transição de profissionais entre os setores de hospitalidade e logística é comum, o que facilitará a integração da nova oferta. A Merytu planeia iniciar esta nova fase no segundo trimestre de 2026, com o objetivo de proporcionar uma experiência diferenciada tanto para trabalhadores como para empresas.

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Além disso, a Merytu está a concluir uma ronda de investimento que permitirá a sua internacionalização, com a Bélgica como um dos possíveis destinos. Santos sublinha a importância de escolher mercados que ofereçam uma base jurídica e laboral favorável para o modelo de trabalho independente que a Merytu promove.

Em 2026, a Merytu pretende aumentar a sua equipa de 12 para cerca de 20 a 25 colaboradores, de forma a acelerar a implementação das suas novas estratégias. O CEO acredita que a valorização do trabalho independente e a proteção dos profissionais são essenciais para o futuro do mercado de trabalho em Portugal.

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Fonte: ECO

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