António Costa, Presidente do Conselho Europeu, afirmou em entrevista à SIC e ao Expresso que “haverá, seguramente, um momento em que a UE também tem de falar com a Rússia”. O líder europeu reconhece que, embora este não seja o momento ideal para contactos diretos, é essencial que a União Europeia inicie um caminho de diálogo com a Rússia, especialmente em questões que vão além da situação na Ucrânia, abrangendo a segurança europeia.
Costa expressou a sua confiança nas negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, lideradas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump. O político português revelou que os Estados Unidos garantiram que os interesses europeus serão defendidos nas conversações. O secretário de Estado Marco Rubio participou recentemente na reunião do grupo “coalition of willing”, onde esclareceu que o documento de 28 pontos divulgado não era uma proposta oficial, mas sim um “documento de trabalho”. Além disso, Costa mencionou que novos documentos estão a ser elaborados entre os EUA e a Ucrânia.
“É preciso aprendermos a reagir com calma”, sublinhou António Costa, ao mesmo tempo que garantiu que a UE respeitará as decisões da Ucrânia, incluindo a possibilidade de “congelar a situação de facto existente”. O diálogo com a Rússia é, assim, uma prioridade, mesmo que as circunstâncias atuais não sejam as mais favoráveis.
Relativamente à visita do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, a Moscovo na próxima semana, Costa não se juntou às críticas. Pelo contrário, considerou positiva qualquer iniciativa que vise a paz, referindo que “lamentamos que até agora não tenha tido sucesso, mas continuaremos a apoiar a Ucrânia na proteção da sua soberania”.
O Presidente do Conselho Europeu também anunciou que, em dezembro, o Conselho Europeu não encerrará sem aprovar o financiamento para a Ucrânia nos anos de 2026 e 2027, independentemente da modalidade. Contudo, o tema da corrupção na Ucrânia, que recentemente veio a público, não foi abordado nesta entrevista.
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Fonte: Sapo





