O Padrão dos Descobrimentos, localizado na Avenida Brasília em Lisboa, foi proposto para classificação como Monumento de Interesse Público (MIP). Esta proposta surge após um processo iniciado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) em junho de 2023, que recebeu um parecer positivo da Secção Especializada Permanente do Património Arquitetónico, Arqueológico e Imaterial do Conselho Nacional de Cultura em dezembro do ano passado. O presidente do instituto público Património Cultural também já deu a sua concordância em outubro deste ano.
De acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, o procedimento de classificação deve ser concluído num prazo máximo de um ano. O anúncio, publicado no Diário da República a 20 de novembro, destaca a importância do Padrão dos Descobrimentos e da calçada envolvente, que inclui a Rosa dos Ventos, na freguesia de Belém, concelho e distrito de Lisboa.
O Padrão dos Descobrimentos, que foi originalmente concebido para a Exposição do Mundo Português em 1940, tem uma história marcada por vandalismos. Em 2021, uma estudante francesa deixou uma mensagem em graffiti que criticava a exploração e o consumismo, e em junho de 2023, o monumento voltou a ser alvo de pichagens, embora estas não tenham causado danos significativos, segundo a EGEAC.
A proposta de classificação do Padrão dos Descobrimentos foi impulsionada pelo Fórum Cidadania LX, que apresentou um requerimento em fevereiro de 2021. A DGPC, após a avaliação e concordância da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico, decidiu avançar com o processo de classificação.
Este monumento, que já se encontra na Zona Especial de Proteção do Mosteiro dos Jerónimos e do Museu de Arte Popular, é um símbolo da história e cultura portuguesa. O Padrão foi desenhado pelo arquiteto Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida, tendo sido inicialmente demolido em 1943, mas reconstruído em 1960 para celebrar os 500 anos da morte do Infante D. Henrique.
A classificação do Padrão dos Descobrimentos como Monumento de Interesse Público não só reforçaria a sua proteção, mas também destacaria a sua relevância cultural e histórica. Este processo é um passo importante para garantir que a memória e a história de Portugal sejam preservadas para as futuras gerações.
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Fonte: Sapo





