O ministro da Educação, Fernando Alexandre, reconheceu que o ano letivo que se aproxima poderá começar com falta de professores nas escolas portuguesas. Apesar deste desafio, o governante acredita que o regresso às aulas ocorrerá com a “máxima normalidade”. Esta afirmação foi feita durante a apresentação do relatório final sobre a avaliação do sistema de ação social no ensino superior, realizado no Teatro Thalia, em Lisboa.
Questionado sobre a situação a apenas duas semanas do início do ano letivo, que está agendado para entre 11 e 15 de setembro, o ministro admitiu que não é possível “resolver os problemas estruturais que se arrastam há muitos anos”. Embora não tenha avançado números concretos, uma vez que os processos de contratação de professores ainda estão em curso, Fernando Alexandre afirmou que algumas turmas poderão iniciar as aulas com algumas lacunas.
“A nossa batalha, nesta fase inicial, é garantir que as escolas tenham flexibilidade e instrumentos adicionais para responder a estas faltas de curto prazo”, sublinhou o ministro. Na semana passada, as escolas ainda tinham cerca de três mil horários de professores por preencher. Para mitigar esta situação, o Governo anunciou a abertura de um concurso extraordinário com quase 1.800 vagas em áreas com mais dificuldades na atração de docentes. Além disso, as reservas de recrutamento continuam a permitir contratações semanais, e os diretores das escolas têm a opção de recorrer a contratações de outras instituições.
Os resultados deste concurso extraordinário devem ser divulgados em novembro. “Só quando as aulas começarem é que faremos o primeiro balanço de todo este processo de colocação, porque há vagas que não estão preenchidas, mas centenas de vagas vão ser preenchidas nas próximas semanas”, afirmou Fernando Alexandre.
O ministro também se referiu às novas aprendizagens essenciais da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, cuja versão final foi enviada às escolas na segunda-feira. Estas instituições terão até às férias de Natal para desenvolver as suas estratégias de Educação para a Cidadania. “Pela primeira vez, vamos ter uma disciplina de Cidadania estruturada que, com formação de professores, permitirá cumprir efetivamente o objetivo de formar melhores cidadãos”, declarou.
A versão final do documento, que sofreu algumas melhorias após a consulta pública, clarifica conceitos que agora têm maior relevância, especialmente na área da Educação Sexual e da sexualidade, que estavam omissos na versão anterior. “As críticas recebidas permitiram melhorar muito o documento”, concluiu o ministro.
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Fonte: ECO





