Presidente da Águas do Centro Litoral mantém-se no cargo após recuo

Alexandre Tavares, presidente do Conselho de Administração da Águas do Centro Litoral (AdCL), decidiu recuar na sua intenção de se demitir e vai continuar a cumprir o seu mandato. A confirmação foi feita por uma fonte oficial da empresa à agência Lusa.

Após receber diversas manifestações de apoio, Tavares reconsiderou o seu pedido de demissão, que havia apresentado na quinta-feira passada. A AdCL, que enfrenta desafios relacionados com a recuperação ambiental do rio Lis, expressou a sua confiança na liderança de Tavares. A Águas de Portugal (AdP), acionista da AdCL, também afirmou que não havia fundamento para aceitar a demissão do presidente.

O pedido de demissão de Tavares surgiu após a segunda interdição dos banhos na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, onde desagua o rio Lis. A primeira interdição ocorreu devido a uma avaria na estação elevatória de Monte Real, em Leiria, que resultou na descarga de efluentes não tratados para o rio Lis.

Em uma mensagem enviada a várias entidades, Tavares esclareceu que a empresa não tinha evidências que ligassem a nova interdição da Praia da Vieira a avarias no sistema de saneamento. Contudo, mencionou um problema na estação elevatória da Passagem, em Vieira de Leiria, que poderia ter contribuído, mesmo que de forma mínima, para os níveis de contaminação biológica encontrados.

Para preservar a reputação da AdCL, Tavares decidiu não avançar com a demissão. Após a avaria em Monte Real, foi criada uma comissão para monitorar a situação e avaliar a necessidade de investimentos. A AdP anunciou que, nos próximos dias, começará um estudo para avaliar o impacto do incidente na água do rio Lis, um trabalho que será realizado pelo Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro.

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Este estudo faz parte de um Plano de Avaliação e Minimização de Impactos que a AdCL está a implementar para aumentar a resiliência do sistema de saneamento e prevenir futuros incidentes. O plano inclui a identificação de impactos nas comunidades aquáticas, o reforço da monitorização da qualidade da água e a realização de investimentos para melhorar a fiabilidade do sistema de bombagem e desinfeção de efluentes.

A AdP também informou que, após a conclusão do estudo, que deverá ocorrer em 120 dias, serão definidas novas medidas de remediação e compensação. A avaliação será acompanhada por uma comissão que inclui a secretaria de Estado do Ambiente, a Agência Portuguesa do Ambiente, e os municípios de Leiria e Marinha Grande.

Na reunião do executivo municipal de Leiria, tanto o vereador da oposição, Álvaro Madureira, como o presidente do município, Gonçalo Lopes, elogiaram a atitude de Tavares em assumir responsabilidades, destacando que é comum a culpa ser atribuída a terceiros.

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Fonte: ECO

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