Mauro Cid é crucial nas acusações de golpe contra Bolsonaro

O julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado começou hoje na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Uma figura central neste processo é Mauro Cid, antigo assessor do ex-Presidente brasileiro, cuja defesa argumentou que a sua colaboração foi essencial para a investigação. O advogado Jair Alves Pereira destacou que as informações fornecidas por Cid foram de “extrema relevância” para o caso, afirmando que, sem a sua intervenção, muitos dos detalhes sobre as discussões entre os comandantes poderiam ter permanecido desconhecidos.

Mauro Cid assinou um acordo de colaboração com a Justiça, onde admitiu os factos e ajudou nas investigações relacionadas com a alegada trama golpista. O advogado Pereira defendeu a solidez deste acordo, sublinhando que as declarações de Cid sustentam as acusações contra Bolsonaro, que enfrenta uma possível pena de até 40 anos de prisão. Segundo Cid, o ex-Presidente recebeu e alterou um decreto que visava declarar o estado de sítio, revertendo a vitória eleitoral de Lula da Silva e prendendo várias autoridades, incluindo juízes do Supremo.

No entanto, as defesas dos outros acusados têm contestado a credibilidade do depoimento de Mauro Cid, alegando que ele foi coagido pela polícia e pelo juiz relator do caso, Alexandre de Moraes. O advogado Pereira rejeitou estas alegações, afirmando que não há fundamento nas acusações de pressão sobre o seu cliente.

O início do julgamento foi marcado pela leitura do resumo do caso pelo juiz Alexandre de Moraes e pela intervenção do procurador-geral Paulo Gonet, que afirmou que todos os acusados são responsáveis pelos atos em questão. Gonet enfatizou que “todos os personagens são responsáveis pelos eventos que se concatenam entre si”.

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Além de Jair Bolsonaro, os outros réus incluem figuras proeminentes como o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Neto. Na audiência de hoje, apenas o general Paulo Sérgio Nogueira estava presente, sendo o único réu a comparecer.

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Mauro Cid Nota: análise relacionada com Mauro Cid.

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Fonte: Sapo

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